“Haddad tem sido grande parceiro”, diz Simone Tebet em Portugal

“Haddad tem sido grande parceiro”, diz Simone Tebet em Portugal

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A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet (MDB), afirmou que, apesar das perspectivas diferentes, ela e o ministro da Fazenda, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), tem uma boa relação. O ministro tem se revelado um “grande parceiro”.

As declarações da ex-senadora foram feitas na manhã deste sábado (4), no segundo dia da 2º edição do Lide Brazil Conference, em Lisboa. O evento contou com a presença de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outras autoridades da vida política nacional.

A ministra admitiu que ela e Haddad, que já se mostrou um dos principais representantes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), possuem muitas divergências. Apesar disso, garantiu que a união do governo, para dar condições de crescimento ao país e o combater a pobreza, é maior.

“Ele sabe da responsabilidade que o Brasil não vai voltar a crescer com juros de 13,25%. Só temos isso por não fazer lição de casa (..) Tenho encontrado em Haddad um grande parceiro, apesar de termos algumas diferenças na visão econômica”, declarou Tebet.

Segundo ela, existe um entendimento entre os integrantes do novo governo Lula, que está em seu terceiro mandato. A expectativa dos membros, para ela, é de que só conseguirão, apesar das diferenças, alcançar as ambições políticas em 2026 se “a casa for arrumada” agora, em 2023.

“Eu pensei antes de assumir o Ministério do Planejamento diante de algumas divergências na visão econômica, mas o que nos une é infinitamente maior do que aquilo que nos separa. Temos divergências, mas não temos antagonismo. Isso faz toda diferença”, afirmou.

Além disso, a ministra insistiu que será “austera” e que sabe que, eventualmente, receberá “cartões amarelos”. Porém, irá procurar Lula caso veja o risco de receber um “cartão vermelho”.

“Eu serei austera em relação a isso. Devo receber por isso alguns cartões amarelos, mas quando eu perceber que o cartão vai ser vermelho, eu vou chegar para o presidente Lula com ‘jeitinho’ e tentar fazer os esclarecimentos previstos. É meu papel, como ministra do Planejamento e Orçamento, dizer se temos recursos ou não, se teremos ou não espaço fiscal”, disse Tebet.

Por sua vez, a ex-senadora destacou que “não tem medo de embates, nem de ser derrotada”. Mas insistiu que, no governo, “todos sabemos da gravidade do momento”. “Não haverá 2026 se não fizermos dever de casa em 2023”, insistiu.

“Temos uma missão pela frente. Uma determinação de que possamos acabar com a miséria. Diminuir a pobreza e tirar o Brasil do mapa da fome”, encerrou.

Assista:

*Com DCM

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