Fátima Tubarão, que ia ‘pegar o Xandão’, é presa em ação da PF

Fátima Tubarão, que ia ‘pegar o Xandão’, é presa em ação da PF

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Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, conhecida como “Dona Fátima de Tubarão”, foi presa hoje em Santa Catarina na terceira fase da Operação Lesa Pátria da PF (Polícia Federal), que mira envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro.

Ela aparece em um dos vídeos virais dos invasores dos Três Poderes e é filmada dizendo: “Vamos para a guerra, vou pegar o Xandão agora!”

Depois que o vídeo viralizou, foi descoberto que “Dona Fátima” tem antecedentes criminais: ela foi condenada por tráfico de drogas com envolvimento de menor de idade em 2014.

Nas redes sociais, ela tem múltiplos perfis e se apresenta mais como Fátima Mendonça —com o uso do sobrenome “Jacinto” em alguns perfis, bem como no Instagram.

As publicações do perfil mais recente mostram o apoio de Fátima a pautas bolsonaristas, como o voto impresso e a paralisação de caminhoneiros após as eleições 2022.

Condenada por tráfico de drogas

A denúncia apresentada pelo Ministério Público de Santa Catarina descreve como Fátima foi descoberta por PMs que faziam vigília na região, conhecida pelo tráfico de drogas em Tubarão, cidade de Santa Catarina.

  • Por volta das 3h30 do dia do flagrante, os policiais viram Fátima sair de casa e varrer a calçada, falando em voz alta “vem pra cá que não tem ninguém”, “pode vir pra cá”
  • Depois disso, um usuário se aproximou e perguntou “tem?” para Fátima, ao que ela respondeu: “Tem”
  • Em seguida, um adolescente saiu da garagem de Fátima com pedras de crack; os policiais agiram no momento.
  • No processo, Fátima argumentou que usuários de droga “invadiam” sua casa e deixavam entorpecentes no local, porque ela realiza o aluguel de quartos como atividade para renda. Porém, os policiais viram a senhora agir ativamente na ação.

Em campana realizada muito próxima ao imóvel da ré foi possível observá-la apurando a existência de policiais na região, negociando entorpecentes com usuários, indicando locais em que estes poderiam adquirir outras espécies de entorpecentes e utilizando os serviços de um adolescente para realizar a entrega do crack aos consumidores da droga. Depoimento dos policiais no caso.

Ela foi condenada a mais de 4 anos de prisão em regime semiaberto. Após recorrer, a pena foi diminuída para 3 anos e 10 meses em restrições de direitos e prestação de serviços à comunidade.

*Com Uol

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