Ministro da Educação, Camilo Santana, também participa da agenda com Lula e reitores na manhã desta quinta-feira (19) no Palácio do Planalto.
Segundo o Metrópoles, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne, na manhã desta quinta-feira (19/1), com reitores das 27 universidades federais do país e de institutos federais. O encontro, que ocorre a partir das 10h no Palácio do Planalto, também conta com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana.
Foram convidados 70 representantes das universidades e cerca de 40 dos institutos federais.
“Eu nunca consegui compreender qual era a dificuldade que um presidente da República tinha de se encontrar com reitores uma vez por ano. E eu não conheço na história presidente que tenha recebido conjunto de reitores. A única explicação era medo de que vocês iriam fazer reivindicações”, afirmou Lula, em discurso aos reitores na abertura da reunião.
O presidente também comentou sobre estreitar a relação com as universidades e institutos federais. “Nós estamos começando um novo momento. Eu sei do obscurantismo que vocês viveram nesses últimos quatro anos. E eu quero dizer que estamos saindo das trevas para voltar à luminosidade de um novo tempo”, destacou. “Vocês precisam saber que o encontro com vocês é o encontro da civilização”, acrescentou.
“Vocês vão conhecer de perto o nosso novo ministro da Educação, o ex-governador do estado Ceará (Camilo Santana). E o estado do Ceará é no Brasil o estado que tem a melhor experiência política do ensino básico e do ensino integral”, ressaltou.
O presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Ricardo Marcelo Fonseca, também fez críticas à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL):
“Os reitores e as universidades federais foram maltratados, detratados, esganados orçamentariamente e colocados como alvo. As universidades foram resistência nesse período obscuro que nos antecedeu”, disse o também reitor da Universidade Federal do Paraná.
Relação difícil com Bolsonaro
Durante o mandato de Jair Bolsonaro, a relação do governo federal com universidades públicas teve rusgas. Bolsonaro acusava as instituições de “militância” contra ele.
“Sabemos que, nas universidades, a militância é enorme. É um ‘carnaval’ contra a minha pessoa. Eu estou quase contra tudo e contra todos”, disse Bolsonaro em outubro de 2022.
No fim de novembro, a gestão Bolsonaro congelou R$ 344 milhões destinados para as instituições de ensino superior, segundo cálculos do Fórum Nacional de Pró-Reitores de Planejamento e de Administração das Instituições Federais de Ensino Superior (Forplad). Dias depois, o Ministério da Educação (MEC) recuou e desbloqueou o montante.