O ministro da Casa Civil da Presidência da República, Rui Costa, disse, nesta terça-feira (17/1), que a troca de assessores comissionados da administração federal — que ficou conhecida como “desbolsonarização” — vai ocorrer em todos os ministérios, independente de serem quadros militares ou civis.
Ele foi questionado sobre a dispensa de 40 militares da Coordenação de Administração do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente da República. A lista dos nomes dispensados foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça.
“A troca dos assessores, que são cargos comissionados, está ocorrendo em todos os ministérios e ocorrerá independente de serem militares ou civis. Vocês têm acompanhado, desde que assumimos, um número grande de troca de pessoas e assim seguirá. E vocês vão ver essas trocas mais intensas a partir do dia 23, quando eu diria que roda a chave no sistema para que os novos ministérios passem a existir nos sistemas eletrônicos, digitais do governo”, afirmou Rui Costa, após reunião no Ministério da Defesa.
“O grosso das nomeações e das exonerações será feito a partir do dia 23 até o final do mês. Então, ainda tem muita gente pra sair e muita gente pra entrar, independente de a pessoa é civil ou militar. Está se fazendo troca de pessoas, porque cargo comissionado é de extrema confiança do seu chefe imediato, seja ele o ministro ou o secretário.”
Segundo o ministro, é “natural” que essas trocas ocorram, “até porque o governo que saiu tem pouca ou nenhuma sintonia com o governo que entrou”.
- “Não tem nenhuma novidade com isso. Não há nenhum mistério. Ou alguém achava que nós iríamos entrar no governo e manter os assessores do governo anterior? Alguém achava isso? Não. Não é razoável que isso fosse assim. Se fosse manter o mesmo estilo, não estaria aqui falando com vocês, nós estaríamos num cercadinho maltratando vocês. Ao contrário, o regime de governo mudou, a filosofia de governo mudou, inclusive do ponto de vista da relação com a imprensa, com a sociedade, da transparência pública. Então, se mudou a filosofia, o conteúdo, tem que mudar também quem estava implementando isso, porque era outro estilo, outro jeito de governar que não é o nosso.”
*Com Metrópoles