Lideranças do partido já sinalizam que podem abandonar o ex-presidente, que perderia o salário de R$ 46 mil, e outros R$ 33 mil que seriam pagos à esposa, Michelle, com recursos públicos do fundo partidário.
Após ser incorporado ao rol de investigado pelos atos terroristas, em decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que acatou pedido do subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, Jair Bolsonaro (PL) está cada dia mais isolado e pode até mesmo perder o salário de R$ 46 mil garantido a ele pelo PL – além de outros R$ 33 mil que o partido pretendia pagar a Michelle Bolsonaro, ambos com recursos públicos, do fundo partidário.
Lideranças da sigla admitem que a permanência de Bolsonaro pode se tornar “desconfortável” caso ele seja apontado como um dos responsáveis por incitar os atos terroristas e começam a defender a expulsão do ex-presidente, que entrou no PL para disputar a frustrada tentativa de reeleição ao Planalto.
Nos Estados Unidos, de onde pode ser deportado após perder o status de chefe de Estado, Bolsonaro tem se isolado cada dia mais. Trocou o número do telefone e não repassou a aliados com quem trocava informações quase que diariamente.
Recluso e abatido desde o anúncio da decisão sobre a prisão do ex-ministro Anderson Torres, Bolsonaro tem evitado até mesmo as conversas por WhatsApp e se isolou ainda mais ao saber que será investigado.
Com a possibilidade da prisão, caso retorne ao Brasil, cada dia mais factível, o ex-presidente também se afastou das redes sociais após publicar – e apagar – o vídeo em que diz que “Lula não foi eleito, mas escolhido pelo STF e TSE”.
A situação se complicou ainda mais após a Polícia Federal (PF) encontrar na residência de Torres a minuta de um decreto, que seria assinado por Jair Bolsonaro, para instaurar Estado de Defesa e dar um golpe de Estado.
*Com Forum