Bolsonaristas comemoram agressão de jornalistas em QG, fazem caravanas e marcam ato para “tomada do poder”, sem comunicar Segurança Pública.
Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) marcaram uma manifestação para este fim de semana em Brasília assumindo um tom violento e sem comunicar à Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF). O ato chega a ser abertamente chamado de “tomada do Poder”, em referência à intervenção militar.
O protesto vem sendo divulgado em redes como o Telegram. Nos grupos, bolsonaristas chamam mais pessoas para a “guerra”, convocam quem tenha armamento — como Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs) — e organizam caravanas. Diferente de atos pacíficos, esse movimento não foi oficializado junto às forças de segurança da capital federal.
Nas manifestações de 7 de Setembro de 2022, quando Jair Bolsonaro estava no poder, dez protestos foram protocolados na SSP, a maior parte a favor do então presidente. Os movimentos, tanto a favor quanto contra o governo, aconteceram sem grandes intercorrências.
Agora, com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) presidente, apoiadores de Bolsonaro, derrotado nas urnas, instigam rupturas do Estado democrático. O Metrópoles mostrou o teor da organização para os próximos dias. Líderes falam em atiçar apoiadores do movimento para que eles compareçam com “sangue nos olhos” e se prepararem para levar tiro de borracha.
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“A ideia é essa: não é ir para ficar com paz e amor, não. É para entrar, não com flor… É para ir já sabendo que vai levar borrachada e uns tiros”, diz. Em outro áudio, um segundo homem diz que haverá invasão ao Congresso Nacional. Os grupos também orientam como minimizar os efeitos do gás lacrimogêneo, geralmente utilizado pela Polícia Militar para dispersão de manifestações violentas.
Lideranças chegaram a comemorar a agressão contra jornalistas cometida por manifestantes bolsonaristas em frente a um Quartel-General em Belo Horizonte (MG). “É guerra! Para cima deles, Brasil! Vamos enfiar o título de mané no rabo dos comunistas!”, escreveu uma organizadora dos atos em Brasília, que já está na capital.
*Com Metrópoles