Um dos casos mais escabrosos do governo Bolsonaro deu-se com o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde Bolsonaro e Carlos têm casas.
Quando o porteiro Alberto Jorge Ferreira Mateus havia dito ao Ministério Público do RJ, que o ex-PM, Élcio de Queiroz, preso sob suspeita de participar do assassinato de Marielle Franco, foi ao condomínio no dia do crime e informou à portaria que iria até a casa do então deputado, Jair Bolsonaro.
Mateus, em seu depoimento à Polícia Civil, disse que quem deu a autorização para entrada do criminoso, foi Seu Jair, da casa 58.
Depois da pressão de Sergio Moro, considerada interferência na Polícia Judiciária por Miguel Realle Junior, ex-ministro da Justiça, pressionando o porteiro via Justiça Federal para constrangê-lo e causar-lhe temor, esse caso sumiu dos noticiários sem que ninguém entendesse ou tivesse acesso a todo o interrogatório que fez com que o porteiro do Vivendas recuasse e mudasse sua versão.
Ou seja, mais federalizado o caso, impossível.
Aliás, o atual ministro da Justiça, Flavio Dino, que prometeu elucidar o caso Marielle, tem também, entre outros, esse caminho para uma investigação minuciosa e colocar a sociedade a par do que de fato aconteceu com a ingerência de Moro, a mando de Bolsonaro, no depoimento do porteiro, atropelando a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro.
Detalhe, Moro nunca mais tocou nesse assunto, Bolsonaro, idem. E nunca mais se ouvir falar no porteiro.