Morre o futebol! Adeus Pelé.

Morre o futebol! Adeus Pelé.

Compartilhe

Quando descobri o futebol, além do mundo que eu vivia naquele momento, me refiro aos anos 80, o Brasil vinha de duas derrotas, 1986 e 1990, ambas, doloridas para o coração de um menino de 10 anos. Foi entre a copa de 1990 e 1994, que meu pai me apresentou a seleção de 1970, após o jogo Brasil e Seleção do Mundo, em que Pelé esteve em campo, aos 50 anos, foi então que conheci o futebol.

Parecia que o futebol caminhava para a vitória do Brasil, em 1994, quando os jogos da copa de 70 eram reprisados à exaustão na TVE e na TV Cultura. Sim, eu assisti todos os jogos da copa de 70, boquiaberto. Era uma seleção e era simplesmente Pelé, fazendo parte do encantamento que tive com o futebol.

Como menino, eu não fazia ideia de quem era o tal Edson Arantes do Nascimento, porém, Pelé era mágico. Era como um super-star ao qual se queria qualquer camisa com uma assinatura do atleta do século, o Rei do Futebol.

Se há uma memória nostálgica em mim, como aquele menino dos 6 aos 14 anos, é a copa de 1994 e tudo que ela simbolizou até o estádio Rose Bowl, o que obviamente, inclui todas as vezes que imaginei como teria sido torcer pela seleção de 70, assistir Pelé em campo e como bom Botafoguense, assistir Pelé e Garrincha, em campo. É por isso, que o Rei do Futebol está intimamente ligado à minha juventude e especialmente à Copa de 94.

Hoje, assim como descobri o futebol e os diversos jogos reprisados da Copa de 70, com os comentários paternos e suas memórias dos anos de chumbo e como todos torciam maravilhados com a equipe mágica do Brasil, descubro hoje, após uma derrota de uma seleção sem qualquer compromisso com o próprio país, que o futebol acaba de morrer.

Pelé, não o Edson, é como aquelas forças da natureza, aqueles fenômenos raros, como um cometa que passa a cada 1283 gols, ou anos. Agora, ele se foi.

Compartilhe

%d blogueiros gostam disto: