Segundo o secretário de Segurança Pública do DF, partiu do Exército a decisão de cancelar a operação que visava acabar com o acampamento golpista nesta quinta-feira.
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (29) para detalhar as operações de segurança para a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Presidência da República, o secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Júlio Danilo, afirmou que partiu do Exército a decisão de cancelar a operação policial que acabaria, nesta manhã, com o acampamento golpista de bolsonaristas em frente ao Quartel General do Exército em Brasília.
“O Governo do Distrito Federal (GDF) vem atuando sempre por demanda do Exército. É uma área militar. Foi planejada uma ação para hoje. Uma equipe do DF Legal e equipe da PM foram até lá, é uma ação pode haver reflexo na cidade como um todo”, relatou o secretário.
Júlio informou que tal operação, no entanto, foi suspensa por decisão do próprio Exército: “Em um determinado momento, a coordenação estava com o Exército e por decisão do Exército suspendeu-se a operação mais “incisiva”. O GDF permanece à disposição.”
“Tínhamos cerca de 500 policiais e o Exército desistiu da operação”, acrescentou o comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, Fábio Augusto Vieira. “Optou por eles mesmos fazerem a retirada no local. Inicialmente eles tentaram [o Exército com o DF Legal]. Eu já tinha alertado que os manifestantes seriam hostis e ele desistiu da operação por entender que o Exército conseguiria fazer essa operação sozinho.”
Já o secretário de Estado Chefe da Casa Civil, Gustavo Rocha, afirmou que “o que houve foi que no decorrer da ação o Exército entendeu que não havia necessidade (da operação) e que ele faria essa desmobilização sem a necessidade da operação. E, como eu disse, a gente vai aguardar o decorrer do dia de hoje para ver a ação que o Exército venha a tomar.”
*Com 247