Em depoimento, terrorista diz ter contatado ‘importante general do Exército’ e relatado possível ‘banho de sangue’

Em depoimento, terrorista diz ter contatado ‘importante general do Exército’ e relatado possível ‘banho de sangue’

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O empresário bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa afirmou em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal que contatou um “importante general do Exército” e relatou um possível “banho de sangue”. O terrorista foi preso no sábado, 24, depois de colocar uma bomba em uma via que dá acesso ao Aeroporto de Brasília.

Ele mora no Pará e trabalha como gerente de posto de gasolina. O bolsonarista participava de atos em apoio a Jair Bolsonaro em frente ao Quartel General do Exército, na capital federal, para “aguardar o acionamento das forças armadas para pegar em armas e derrubar o comunismo”, conforme relatou à polícia.

Ele foi armado à Brasília com a ideia de “repassar parte das minhas armas e munições a outros CACs que estavam acampados no QG do Exército assim que fosse autorizado pelas forças armadas”.

“Durante o período em que frequentei o acampamento montado em frente ao QG do Exército, eu percebi que havia vários petistas infiltrados entre os ambulantes que passaram a envenenar os alimentos vendidos aos bolsonaristas com a intenção de desmobilizar os manifestantes, além de provocar tumultos e desordem entre as pessoas”, alegou.

“Em posse dessas informações, há 3 semanas eu entrei em contato com um importante general do Exército e reportei a ele tudo sobre os infiltrados petistas no acampamento e disse que em breve poderia haver um grande derramamento de sangue se nada fosse feito. No dia seguinte, os militares do exército expulsaram todos os ambulantes do acampamento”, continuou.

“No dia 12/12/2022 houve o protesto contra a prisão do índio [José Acácio Serere Xavante], onde eu conversei com os PMs e os Bombeiros responsáveis por conter os manifestantes que me disseram que não iriam coibir a destruição e o vandalismo desde que os envolvidos não agredissem os policiais. Ali ficou claro para mim que a PM e o Bombeiro estavam ao lado do presidente e que em breve seria decretada a intervenção das forças armadas”, afirmou.

“Porém, ultrapassados quase 1 mês, nada aconteceu e então eu resolvi elaborar um plano com os manifestantes do QG do Exército para provocar a intervenção das forças armadas e a decretação de estado de sítio para impedir a instauração do comunismo Brasil”, disse.

*Com 247

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