Artefato foi colocado em caminhão-tanque carregado com combustível de aviação.
O delegado-geral da Polícia Civil do Distrito Federal, Robson Cândido, afirmou que, se o grupo que colocou uma bomba em um caminhão-tanque que ia para o aeroporto de Brasília conseguisse explodir o artefato dentro do terminal, causaria uma tragédia jamais vista na capital. Em coletiva de imprensa na noite de sábado (24), o delegado detalhou a prisão do empresário paraense George George Washington de Oliveira Sousa que participou da ação criminosa, realizada na véspera de Natal. Com ele foram encontrados outros cinco emulsivos explosivos, além de farta quantidade de armas e munições. O empresário, que é registrado como colecionador, atirador ou caçador (CAC), estava na capital para participar de um acampamento de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) em frente ao QG do Exército. O grupo protesta contra o resultado das eleições e pede uma intervenção das Forças Armadas para impedir a posse do eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Se esse material adentrasse no aeroporto de Brasília, próximo a um avião com 200 pessoas, seria uma tragédia aqui dentro de Brasília, jamais vista e seria motivo de vários noticiários internacionais, né? E graças a Deus conseguimos interceptar. Hoje teve esse que também não conseguiram explodi-lo, mas informação que nós temos é que eles tentaram acionar”, disse Robson Cândido, com base em informações da perícia da Polícia Civil.
Segundo ele, a perícia da Polícia Civil indica que o grupo tentou acionar o explosivo. Inicialmente, o objetivo era colocar o artefato próximo a um poste para prejudicar a distribuição de energia elétrica em Brasília. Contudo, depois o grupo resolveu colocar o objeto em uma caixa que foi colocada em um caminhão com combustível de aviação e que ia em direção ao aeroporto. O motorista do veículo, porém, encontrou o material, que foi retirado do veículo e, mais tarde, desativado pelo esquadrão antibombas.
Segundo o delegado, em um apartamento que estaria alugado no Sudoeste, foram apreendidas duas espingardas, um fuzil, dois revólveres, três pistolas, centenas de munições e uniformes camuflados, além de cinco emulsões explosivas. O delegado diz que o suspeito afirmou que os explosivos teriam vindo de pedreiras e garimpos no Pará. Outras pessoas já foram identificadas e estão sendo investigadas, inclusive o responsável por colocar no caminhão o artefato entregue pelo homem que foi preso no Sudoeste.
*Com O Tempo