Presidente eleito fez pronunciamento em evento de encerramento da transição nesta terça (13).
Apoiadores do presidente Bolsonaro promoveram atos de violência que ocorreram em Brasília nesta segunda-feira (12), horas após a diplomação do presidente eleito.
“Esse cidadão até agora não reconheceu a sua derrota, continua incentivando os ativistas fascistas que estão nas ruas se movimentando. Ontem [segunda] ele recebeu esse pessoal no Palácio da Alvorada, não sei qual foi o estrago que foi feito no Palácio da Alvorada. Ele tem de saber que aquilo é patrimônio publico, não é dele, da mulher dele, do partido dele. É do povo brasileiro”, afirmou Lula.
“Ou seja, ele segue o rito que todos os fascistas seguem no mundo. É importante a gente saber que eles fazem parte de uma organização de extrema-direita que não existe apenas no Brasil. Existe na Espanha, na Itália, França, nos Estados Unidos, que tem como líder o presidente Trump, existe na Hungria existe em vários outros países, inclusive na nossa querida Argentina”, continuou o presidente eleito.
Também presente no mesmo evento, o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou afirmou que os crimes políticos são de competência federal e promete providência contra os militantes que promovem atos antidemocráticos.
Sem citar nenhuma autoridade, Dino disse que muitas investigações e ações contra militantes que promovem ações antidemocráticas não estão avançando atualmente. No entanto disse que tudo será destravado a partir do dia 1º de janeiro, quando Lula toma posse.
“Temos feito a Polícia Federal as representações cabíveis no momento. Agora, no dai 1º de janeiro de 2023, aquilo que não pode ser feito nesses 15, 20 dias será feito. Porque não é apenas orientação política, é um imperativo da lei”, afirmou Dino.
Mais cedo, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), afirmou que Bolsonaro é “cúmplice” da violência. A parlamentar criticou o fato de os manifestantes não terem sido presos e classificou os atos como “baderna” e “golpismo”.
*Com Folha