Governo irá comprar 98 blindados em contrato que deve ser assinado em 5 de dezembro.
A menos de um mês para o fim de seu mandato, o governo de Jair Bolsonaro finalizou a escolha dos 98 blindados com canhões que serão comprados para o Exército, segundo apuração do Estadão.
O contrato deve ser assinado em 5 de dezembro e custará 900 milhões de euros aos cofres públicos, o equivalente a aproximadamente R$ 5 bilhões.
Os novos veículos são do modelo Centauro II, do consórcio italiano Oto Melara (CIO). São veículos 8×8 e, portanto, superiores aos atuais Guaranis 6×6 utilizados pelo Exército.
Diretor da PRF presta depoimento à PF
O diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, negou que a corporação teria prevaricado durante os bloqueios nas rodovias feitos por bolsonaristas e que tenha feito uso de violência durante as blitzes realizadas no segundo turno, principalmente no Nordeste. As declarações foram feitas em depoimento à Polícia Federal (PF), na última sexta-feira (25).
Em 10 de novembro, a PF instaurou um inquérito para investigar a conduta de Vasques durante as ações realizadas pela corporação em 30 de outubro. Vídeos que circularam nas redes sociais mostram que agentes da PRF dificultaram o acesso de eleitores às seções eleitorais, principalmente no Nordeste, onde o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) angariou mais votos do que Jair Bolsonaro (PL). Após a repercussão dos bloqueios, a expressão “Deixem o Nordeste votar” ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter.
As blitzes foram realizadas a despeito de uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que proibiu tais práticas no dia das eleições justamente por entender que poderiam impedir o acesso dos eleitores às seções. Na ocasião, o ministro Alexandre de Moraes pediu que o diretor-geral da PRF informasse “imediatamente sobre as razões pelas quais [estavam sendo] realizadas operações policiais”. No mesmo dia, Silvinei publicou em suas redes sociais uma mensagem de apoio a Jair Bolsonaro.
Também na sexta Vasques tornou-se réu por improbidade administrativa, depois que o juiz José Athur Diniz Borges, da 8ª Vara Federal do Rio de Janeiro, acatou a um pedido do Ministério Público Federal feito em 15 de novembro.
O procurador da República Eduardo Benones acusou o chefe da corporação de improbidade administrativa “pelo uso indevido do cargo, com desvio de finalidade, bem como de símbolos e imagem da instituição policial com o objetivo de favorecer um dos candidatos nas eleições presidenciais”.
*Com Brasil de Fato