Desaparecido as redes sociais desde que perdeu as eleições, Jair Bolsonaro reapareceu hoje com mais uma das “cartas enigmáticas” formuladas por seu filho Carluxo: uma foto, sem legenda ou identificação.
É óbvio que o “enigma” é primário, ainda mais nestes tempos de Google. É apenas uma maneira de, sem dizer, sugerir que se encontre na ocasião da foto a fala golpista que não tem coragem de fazer hoje.
Trata-se da convenção do PL no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, no dia 24 de junho, onde disse:
“Nós, militares, juramos dar a vida pela pátria. Todos vocês aqui juraram dar a vida pela sua liberdade. Esse é o nosso Exército, Braga Netto, o povo. Um Exército que não admite corrupção, não admite fraude, quer respeito e vai ter. É um exército com 210 milhões de pessoas. Não ousem tocar na liberdade do meu povo” (…) “Nós não vamos sair do Brasil. Nós somos a maioria, nós temos disposição para luta. Convoco todos vocês agora para que todo mundo, no 7 de setembro, vá as ruas para a última vez. Vamos às ruas pela última vez. Estes poucos surdos de capa preta têm que entender o que é a voz do povo. Tem que entender que quem faz as leis são o Poder Executivo e o Legislativo.”
É evidente que se trata de um covarde estratagema para incentivar a arruaça que, embora minguante, ainda está presente por todo o país.
E é claro também que não tem condições de levar adiante qualquer ameaça de golpe.
O objetivo é dar sobrevida ao movimento de insubordinação aos resultados eleitorais.
*Tijolaço