Armamentistas engrossam atos antidemocráticos que pedem golpe contra Lula

Armamentistas engrossam atos antidemocráticos que pedem golpe contra Lula

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Membros de grupos armamentistas engrossaram os atos antidemocráticos realizados nas estradas e em frente a quartéis do Exército no país contra o resultado das eleições.

No domingo (30), Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu 50,9% dos votos válidos e derrotou o presidente Jair Bolsonaro (PL). O atual mandatário teve 49,1%.

Segundo a Folha, apoiadores de Bolsonaro, incluindo caminhoneiros, iniciaram ainda na madrugada de segunda-feira (31) bloqueios em estradas pelo país. Eles também se reuniram em frente a quartéis do Exército para protestar contra o resultado da votação e pedir uma intervenção militar.

Os grupos armamentistas fizeram parte da base eleitoral de Bolsonaro. Durante o governo, eles foram beneficiados com uma série de decretos e portarias que flexibilizaram o acesso as armas de fogo no país.

Entre os manifestantes está Mardqueu Silvio Franca Filho, conhecido como Samurai Caçador. Ele tentou uma vaga de deputado estadual por São Paulo com o apoio do Proarmas, que se intitula um movimento pelo “direito fundamental” da legítima defesa. Ele não foi eleito.

O movimento conseguiu eleger 35 candidatos para as vagas de deputado estadual, federal, senador e governador, todos apoiadores do atual mandatário. Os eleitos prometem ser forte oposição no Congresso contra o governo Lula.

Samurai Caçador, inclusive, aparece em um vídeo em cima de um caminhão chamando a população para os atos nas rodovias federais.

“Mais importante que tudo isso, compartilhem o vídeo, chamem o pessoal, nós estamos aqui na BR. Qual quilômetro? Em frente a multielétrica. Chamem seus amigos, chame mais uma pessoa pelo nosso país, pela liberdade, por Deus, pátria, família e liberdade. Pelo nosso presidente. Eu queria agradecer também toda a força policial que está nesse momento aqui com a gente, a PRF que tanto se dedicou a trabalhar por nós, e também a Polícia Militar”, disse.

Samurai Caçador afirmou, em nota, que não é líder de nenhuma manifestação, mas se considera um patriota que acredita nos valores morais. Disse ainda que sempre defenderá as manifestações pacíficas pela liberdade.

Já a instrutora de tiro Daniela Lermen, que também participa do Proarmas, postou fotos com a camisa da seleção brasileira e a bandeira do Brasil nas manifestações em outra rodovia. A descrição da sua rede social é “Arme-se. Ame-se”.

Daniela foi procurada pela Folha, mas não se manifestou.

Lucas Silveira, presidente do Instituto Defesa, também esteve presente nos atos. No perfil pessoal dele e também do instituto há vários compartilhamentos de vídeos e fotos dos atos. “Não existe Brasil com PT.
Vamos até o fim”, diz a legenda de uma postagem do instituto.

Silveira disse, por nota, que apoia toda manifestação popular, sobretudo os atos atuais.

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