Nos EUA, Zambelli pede que apoiadores mandem denúncias de ‘censura’

Nos EUA, Zambelli pede que apoiadores mandem denúncias de ‘censura’

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Após viajar para os Estados Unidos para “cumprir agendas pessoais” e “estudar meios de assegurar e restaurar a liberdade de expressão no Brasil junto a autoridades americanas”, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) voltou a surgir nas redes sociais para anunciar que está no país norte-americano “juntando provas” de supostas censuras do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para levar à Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

“Nós estamos juntando provas para a gente poder levar na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, onde eu tenho uma visita marcada na terça-feira (8). Por esse motivo, eu peço que você, se você tivesse sido censurado pelo Supremo Tribunal Federal, ou pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por favor manda sua denúncia para a gente.[…] A gente vai juntar a sua denúncia com a nossa e vamos levar à Comissão. Coloque os ‘prints’, junte todas as provas que você tiver e, se realmente houve censura, a gente vai reportar a essa Comissão”, diz a deputada em um vídeo compartilhado nas redes sociais de alguns bolsonaristas, a exemplo o deputado federal Dárcio Bracarense (PL-ES).

Na última terça-feira (1º), Zambelli teve os perfis do Twitter, Instagram, YouTube, TikTok e LinkedIn suspensos. A deputada disse que perdeu até o acesso aos aplicativos de mensagens Telegram e WhatsApp. Segundo ela, por esse motivo não conseguiu informar sobre a sua viagem para os Estados Unidos.

As redes sociais da deputada foram suspensas por uma determinação do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Desde segunda-feira (31), a Corte tem enviado determinações às plataformas para a remoção de grupos de WhatsApp e Telegram com convocação para paralisações nas estradas e pedidos para golpe militar. Contas de outros apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) também foram suspensas, mas o tribunal não informou o motivo para a suspensão das redes de Zambelli.

Por meio da nota que enviou à imprensa, Zambelli alegou que foi “censurada” após as eleições e que foi “calada e impedida de se comunicar” com seus seguidores. “A decisão que censurou todos os meus canais de comunicação, inclusive o Watsapp tem como objetivo controlar o fluxo de informações e conter uma das maiores vozes conservadoras da internet, com mais de 9.520.000 seguidores em sete redes sociais”, disse a parlamentar na ocasião.

Ontem, o TSE proibiu Carla Zambelli de criar perfis em redes sociais até que aconteça a diplomação dos eleitos no pleito de outubro, entre eles ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Um dia antes da eleição, no último sábado (29), Zambelli apontou uma arma contra um homem negro, o jornalista Luan Araújo, em São Paulo. Vídeos gravaram o momento da ação e mostram que ela atravessa a rua e entra em um bar com uma pistola empunhada.

*Com Uol

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