Petista só conseguirá formar maioria no Copom (Comitê de Política Monetária) depois de 2024; Campos Neto fica mais 2 anos.
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai indicar 2 nomes para comandar as diretorias do BC (Banco Central) em fevereiro de 2023.
O petista só conseguirá formar maioria na autoridade monetária em 2025. Os indicados vão assumir as diretoria de Fiscalização e de Política Monetária, que são comandadas por Paulo Souza e Bruno Serra Fernandes, respectivamente. Ambos terminam o 1º mandato em 28 de fevereiro de 2023. Poderão ser reconduzidos aos cargos, mas a escolha dependerá do presidente eleito.
Dos 8 diretores que estão hoje na autoridade monetária, até 4 poderão ser substituídos no governo Lula em 2023. Além de Paulo Souza e Bruno Serra Fernandes, acabará o 1º mandato de Maurício Moura (Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta) e de Fernanda Magalhães (Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos).
O Banco Central não comentou se pedirá a recondução dos 2 diretores ou se há vontade dos dirigentes em deixar a autoridade monetária em 2023. O indicado do presidente da República precisa, também, do aval do Senado. Ele passará por sabatina para obter a aprovação do legislativo.
O presidente e os 8 diretores do Banco Central compõem o Copom (Comitê de Política Monetária). O colegiado é responsável por definir a taxa básica, a Selic. Os juros são os principais instrumentos para controlar a inflação.
O petista só poderá formar a maioria do comitê em 31 de dezembro de 2024, quando será possível trocar o presidente, Roberto Campos Neto, e mais 2 diretores. Ou seja, Lula só terá maioria no BC 2025. Todos os nomes poderão ser reconduzidos para os cargos por mais 4 anos.
*Com Poder360