Falhou, como estratégia política, o ataque à Basílica de Aparecida, com os grupos fascistas organizados para espalhar o terror no dia da padroeira do Brasil.
O bispo emérito da Diocese de Luz, em Minas, Dom Mauro Morelli definiu a “visita” de Bolsonaro à Aparecida como a presença de “um agente de Satanás”.
Dom Morelli defende que “os endiabrados seguidores deveriam ser presos em flagrante como arruaceiros”.
Mas ninguém prende ninguém da extrema direita. Tanto que, desfrutar da impunidade total, estariam preparando outras ações antes da eleição no dia 30.
Mônica Bergamo informa na Folha que o alvo pode ser o próprio Lula, que poderia sofrer uma investida da Polícia Federal.
Se não conseguiram chutar a santa, como já fizeram uma vez, vão tentar chutar Lula e aliados de Lula.
Está na Folha que essa é a estratégia do desespero.
Enquanto isso, a própria Folha prega que a disputa entre Lula e o fascismo é um duelo de projetos econômicos.
Para a Folha, essa não é uma guerra pela democracia, mas pelo teto de gastos, pelo rigor fiscal e pelas demandas do mercado financeiro.
A Folha é hoje parte declarada da trincheira da extrema direita, enquanto a Globo se afasta do golpismo e dos milicianos, mesmo que também insista em comparar “propostas para a economia”.
Mônica Bergamo, Jânio de Freitas e outros poucos resistem dentro de um jornal que assumiu, junto com o feicebuque e corporações das redes sociais, o acobertamento de ações do fascismo.
A Folha informa hoje:
“YouTube, Facebook e Twitter seguem com falhas no combate a fake news sobre supostos problemas no sistema eleitoral”.
O que o jornal chama de falhas são omissões graves e cumplicidade com a disseminação de mentiras e difamações pelo bolsonarismo.
São conluios e crimes, não são falhas. Repetindo: são cumplicidades criminosas.
ALVOROÇO
A Globo escondeu na quarta no Jornal Nacional as ações das milícias em Aparecida, e a Folha tem essa manchete amiga:
Aparecida tem alvoroço com Bolsonaro, recados de arcebispo e tensão eleitoral na basílica.
A Folha chama o terror de alvoroço. A democracia está à deriva. Falta coragem para que um miliciano seja preso.
YouTube, Instagram e Feicebuque são parte da disseminação do terror.
O feicebuque cortou a interação nas bolhas de esquerda. As outras corporações das redes são também cúmplices ao não fazerem nada para a contenção de fake news.
O fascismo aposta tudo no caos, no medo e na abstenção, com apoio dos donos das redes sociais.
CUMPLICIDADE
Compartilho aqui o que escrevi hoje no feicebuque:
Mesmo que nada do que publico agora aqui venha a ser lido, deixo o registro: o feicebuque e todas as empresas que exploram redes sociais são parte do plano de disseminação do terror fascista.
Não é apenas omissão. É participação, é cumplicidade direta com o bolsonarismo.
Quanto maior o silêncio de quem tem perfil (por temer represálias do feicebuque), mais o feicebuque vai nos sabotar.
Não é uma hora boa para a valentia dos covardes.
SERÁ QUE IRIA?
Entrar na Basílica de Aparecida é uma barbada. Eu queria ver o sujeito entrar com aquela cara de canibal num terreiro de umbanda.
Publicado originalmente no “Blog do Moisés Mendes”