Para Andrei Roman, diretor-executivo da AtlasIntel, instituto que mais acertou as projeções no primeiro turno da eleição, Lula “está mais forte do que parece”. Em entrevista a Reuters, ele diz que a abstenção em São Paulo e no Rio de Janeiro, que superaram a média nacional, pode ter contribuído para que o desempenho do ex-presidente nas urnas ficasse abaixo do esperado.
“Com uma decisão final tão importante, esses eleitores estarão mais motivados a comparecer, e a maioria deles prefere Lula”, afirma.
Roman acredita que seria estratégico para o petista buscar votos na capital fluminense (que teve uma taxa de abstenção de 24,19%), em São Paulo (21,26%) e Porto Alegre (22,48%). Ele aponta que o apoio de Romeu Zema e Jair Bolsonaro em Minas Gerais, onde o petista teve vantagem no primeiro tuno, pode ser “um risco”.
“Lula vai precisar compensar em São Paulo, onde eu acredito que ele consiga mobilizar eleitores que se abstiveram”, avalia.
*Com DCM