A primeira vez em que Bolsonaro foi notícia na revista Veja, ele apareceu como soldado terrorista ameaçando explodir quartéis país afora, assim como a represa do Guandu.
Pra variar, diante do alto comando do exército, Bolsonaro, em busca de uma ressurreição dos militares, negou ter dado a entrevista, o que foi confrontado com uma investigação das próprias Forças Armadas que concluíram que Bolsonaro tinha de fato dado entrevista à Veja com o plano de explodir bombas em vários quartéis.
Então, essa figura tóxica foi expulsa dos quadros do exército, mas conseguiu, a partir de um fundamento tosco, manter sua patente e receber salário pago pelo povo até hoje. Fato ocorrido há 34 anos.
A confiabilidade de Bolsonaro é zero e não há dúvida de que quem está por trás dessa baderna que dizem ser paralisação de caminhoneiros, quando o próprio sindicato da classe diz que essa claque não os representa, é o próprio Bolsonaro, inclusive usando agentes da PRF, como vem sendo denunciado nas redes.
Se Bolsonaro está calado, ele não está imóvel e, a seu modo, depois que perdeu a eleição, tenta forjar um levante popular na busca por um alinhamento com as Forças Armadas, a mesma que, por vandalizar as instituições militares, Bolsonaro foi expulso há mais de três décadas.
Pau que nasce torto, morre torto.
Tudo tão longe, tudo tão perto.