O mundo vai reagir se houver manipulação da eleição, diz ex-ministra alemã

O mundo vai reagir se houver manipulação da eleição, diz ex-ministra alemã

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Jamil Chade – A comunidade internacional irá reagir se “um evento impensável” ocorrer no Brasil por conta da eleição deste domingo para presidente. O alerta é de Herta Däubler-Gmelin, que foi ministra da Justiça da Alemanha entre 1998 e 2002 e deputada entre 1972 e 2009, um dos mandatos mais longos da história democrática do país. Hoje, ela é professora de ciência política da Universidade Livre de Berlim.

A alemã faz parte de uma equipe de observadores que vai atuar durante as eleições no Brasil. O grupo, que atua de forma independente, é formado por especialistas em direitos humanos e conta com acadêmicos também dos EUA, Argentina e outros países latino-americanos.

Para ela, o resultado na eleição brasileira será importante para “estabilizar” a democracia no mundo e afirma que confia nas urnas e no sistema eleitoral do país. Seu alerta, de fato, vem no momento em que a comunidade internacional proliferou apelos para que a democracia seja respeitada no Brasil, num sinal claro de que qualquer ruptura democrática significará um isolamento do país no cenário mundial.

Em apenas uma semana, cinco comunicados ou medidas foram adotadas por entidades e governos estrangeiros, todas com o mesmo tom: uma ruptura democrática no Brasil não será aceita e líderes devem apelar pela paz no país. Isso sem contar as dezenas de declarações realizadas por grupos estrangeiros de ativistas e da sociedade civil.

Para ela, o resultado na eleição brasileira será importante para “estabilizar” a democracia no mundo e afirma que confia nas urnas e no sistema eleitoral do país. Seu alerta, de fato, vem no momento em que a comunidade internacional proliferou apelos para que a democracia seja respeitada no Brasil, num sinal claro de que qualquer ruptura democrática significará um isolamento do país no cenário mundial.

Em apenas uma semana, cinco comunicados ou medidas foram adotadas por entidades e governos estrangeiros, todas com o mesmo tom: uma ruptura democrática no Brasil não será aceita e líderes devem apelar pela paz no país. Isso sem contar as dezenas de declarações realizadas por grupos estrangeiros de ativistas e da sociedade civil.

A pressão internacional é inédita no período democrático brasileiro e, para diplomatas do país, tais atos refletem a desconfiança que existe hoje sobre o Brasil no mundo. A esperança é de que a pressão crie um constrangimento contra qualquer tentativa de desrespeitar o resultado das urnas.

Na semana passada, pela primeira vez, oito relatores da ONU se uniram para fazer um chamado às autoridades brasileiras para que respeitem a democracia. Alguns dias depois, foi o Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos que afirmou estar preocupado com a violência política e apontou que os ataques contra as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral eram “ameaças à democracia”.

*Uol

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