Lula: ‘Não queremos as Forças Armadas se metendo nas eleições’

Lula: ‘Não queremos as Forças Armadas se metendo nas eleições’

Compartilhe

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste sábado (17) que, se for eleito, as Forças Armadas vão voltar a ter o “papel nobre” que está definido na Constituição, sem nenhum envolvimento nas eleições. A declaração faz referência à pressão que as Forças Armadas têm feito junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), exigindo, inclusive, a realização de um novo teste de integridade.

“Nossas Forças Armadas não tinham que estar preocupadas em fiscalizar urna. Quem tem obrigação de fiscalizar é a Justiça Eleitoral, os partidos e os candidatos. [Se eu for eleito] Vão ter que cumprir com a sua função de garantir a soberania do país contra possíveis inimigos externos”, disse.

“Não queremos as Forças Armadas se metendo nas eleições do nosso país.” Lula (PT), em discurso

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) também esteve presente no comício, e Lula a saudou como “a mulher mais injustiçada deste país”. Na maioria dos discursos do dia, predominaram os pedidos para que os apoiadores de Lula redobrassem os esforços para conquistar mais votos, com o objetivo de terminar a disputa ainda no primeiro turno.

Na última pesquisa Datafolha, divulgada na quinta-feira (15), Lula apareceu com 48% dos votos válidos no primeiro turno. Considerando a margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, não é possível cravar se haverá segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), que somou 35%.

“Amor” por Curitiba

No início do discurso, Lula negou que tenha “ódio” de Curitiba, cidade onde ficou preso entre 2018 e 2019. Ele lembrou que foi neste período em que conheceu Rosângela Silva, a Janja, hoje sua esposa, e exaltou o apoio de militantes que permaneceram acampados em frente à sede da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, pedindo sua liberdade.

“A cadeia me fez aprender a amar Curitiba. Porque foi aqui na cadeia que eu conheci a Janja, e foi aqui que nós decidimos nos casar. Então tenho gratidão por Curitiba, tenho respeito por Curitiba e tenho muito mais carinho pelos homens e mulheres desta cidade e deste estado que não mediram esforços para ficar 580 dias pedindo a minha liberdade”, declarou.

“Obrigado, Curitiba, por tudo que vocês fizeram por mim e pelo Brasil.”

*Com Uol

Compartilhe

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

%d blogueiros gostam disto: