Nesta quarta-feira (14), autoridades da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) fizeram comentários sobre as consequências da crise energética na Europa, apontando que os países do continente enfrentarão dificuldades durante o inverno no hemisfério norte.
O vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, afirmou que não há dúvida de que os próximos invernos nos países da UE serão difíceis devido aos preços elevados e à ausência de uma solução rápida para superar a crise energética em curso.
“Nesta fase, os preços continuam elevados e não há solução rápida. Os próximos invernos serão difíceis. Não só este. Não se enganem sobre isso”, disse Timmermans durante coletiva de imprensa.
Em outro evento, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, demonstrou preocupação com a situação europeia e citou a possibilidade de haja distúrbios sociais no continente.
“Certamente há medo de recessão em alguns países, ou mesmo que não seja recessão, que pareça recessão neste inverno”, disse Georgieva. “Se a mãe natureza decidir não cooperar, e o inverno for realmente rigoroso, isso pode levar a alguma agitação social”, acrescentou.
Após a deflagração da operação militar especial russa na Ucrânia, os Estados Unidos e a UE impuseram um volume sem precedentes de sanções contra a Rússia, incluindo o setor energético. Essas medidas tiveram efeitos colaterais que influenciaram o aumento de energia nos países europeus e no mundo.
*Com Sputnik