Fala do presidente, à época deputado, contraria coro de ‘imbrochável’ puxado no 7 de Setembro.
Segundo Mônica Bergamo, Folha, o presidente Jair Bolsonaro (PL), 67, já admitiu publicamente que “brochou” durante uma relação sexual. A declaração foi feita por ele onze anos antes de puxar o coro de “imbrochável” diante de milhares de apoiadores na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, no 7 de Setembro deste ano.
“Lógico! Quem nunca broxou está mentindo, pô!”, disse ele em 2011, em entrevista à extinta revista Playboy. À época com 56 anos, o mandatário era filiado ao PP e ocupava o cargo de deputado federal quando falou ao jornalista Jardel Sebba, editor da publicação.
Questionado se sexo era importante para ele, Bolsonaro respondeu: “É lógico que a minha atividade sexual não é a mesma de quando eu tinha 20, 30 anos, mas ela existe, tanto que casei de novo. Com o passar do tempo você fica ali em duas por semana, três por semana. E pode cair, né?”, afirmou Bolsonaro à Playboy.
O jornalista então perguntou: “Já caiu, deputado?”. Foi quando o atual presidente admitiu que “brochou”.
A coluna recuperou a íntegra da entrevista que foi ao ar no antigo site da revista em 29 de junho de 2011. Na época, a publicação ganhou repercussão por trazer uma afirmação de Bolsonaro de que seus imóveis seriam desvalorizados caso tivesse vizinhos homossexuais. “Moro num condomínio, de repente vai um casal homossexual morar do meu lado. Isso vai desvalorizar minha casa”, disse.
Ele afirmou, ainda, que seria incapaz de amar um filho homossexual. “Seria incapaz. Não vou dar uma de hipócrita aqui para fazer média com quem quer que seja. Teria vergonha mesmo.”
Questionado se já tinha feito o exame de próstata, Jair Bolsonaro admitiu ter realizado o procedimento sete vezes e orientou aos leitores da revista que fizessem o mesmo. “Você violenta a tua formação, os teus princípios, mas sabe que aquilo é para ter uma vida sexual saudável. É constrangedor, mas, por favor, façam!”, afirmou o então deputado.
“Quando deitei de barriga para cima e encolhi as pernas, ele botou a mão na minha canela, dei uma mexida, e ele disse: ‘Calma, deputado, calma!’ Não senti nada. Quer dizer, senti aquele dedo entrando e vi que ele tinha umas unhas grandes. ‘Pô, Zé! Que unhão, hein?’ E ele falou: ‘Ah, o rabo não é o meu! É que eu toco cavaquinho'”, contou ao jornalista Jardel Sebba.