Moraes determina cruzamento de dados de empresários golpistas com assessor de Bolsonaro

Moraes determina cruzamento de dados de empresários golpistas com assessor de Bolsonaro

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O sigilo telemático do ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cesar Cid, o Major Cid, já havia sido quebrado no inquérito dos atos antidemocráticos.

Segundo Guilherme Amado, Metrópoles, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou cruzar os dados dos oito empresários bolsonaristas, que defenderam golpe de Estado em caso de vitória do ex-presidente Lula (PT) nas eleições de outubro, com o de um assessor de Jair Bolsonaro (PL).

Ao determinar a operação, Moraes mandou que fosse feito o cruzamento entre os dados telemáticos dos golpistas com os de Mauro Cesar Cid, ajudante de ordens do presidente da República.

“(…) tal medida não tem apenas o condão de trazer elementos concretos do envolvimento dos investigados com o núcleo ‘financeiro’, mas também de servir de norte para o eventual cruzamento (…) entre os dados telemáticos dos referidos empresários com aqueles dados que já estão sendo analisados pela Polícia Federal a partir da quebra do sigilo telemático de Mauro Cesar Cid, ajudante de ordens do Presidente da República”, escreveu o juiz instrutor do gabinete de Moraes, Airton Vieira.

No último dia 23, atendendo a pedidos da PF, Moraes ordenou mandados de busca e apreensão contra oito empresários bolsonaristas que defenderam um golpe de Estado, caso Lula vença a eleição de outubro. As mensagens do grupo Empresários & Política foram reveladas no último dia 17 pela coluna. No âmbito do inquérito das milícias digitais, o ministro do STF determinou o bloqueio das contas bancárias dos empresários, das contas dos empresários nas redes sociais, a tomada de depoimentos e a quebra de sigilo bancário.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências de Afrânio Barreira Filho, dono do grupo Coco Bambu; Ivan Wrobel, da W3 Engenharia; José Isaac Peres, dono da gigante de shoppings Multiplan; Luciano Hang, do grupo Havan; André Tissot, da Sierra Móveis; Marco Aurélio Raymundo, o Morongo, da Mormaii; Meyer Nigri, da Tecnisa; e José Koury, dono do Barra World Shopping, no Rio de Janeiro.

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