A maior parte dos eleitores considera o ex-presidente Lula (PT) o candidato mais preparado para lidar com problemas do país como fome e pobreza, opinião compartilhada até por alguns apoiadores de outros presidenciáveis.
A conclusão é da mais recente pesquisa do Datafolha sobre a corrida presidencial, realizada de terça (16) a quinta-feira (18).
Lula lidera a disputa, de acordo com o instituto, e é visto como o candidato com mais preparo para atuar em todos os sete problemas nacionais pesquisados, lista que inclui ainda saúde, educação, desemprego, ambiente e crescimento econômico.
Especificamente no caso da pobreza, ele é visto como mais preparado por 54%, taxa impulsionada por um grupo de 10% do total de eleitores do presidente Jair Bolsonaro (PL).
As mesmas taxas foram aferidas quando o Datafolha questionou os entrevistados sobre quem é o melhor nome para combater a fome.
Entre os eleitores de Ciro Gomes (PDT), chega a 39% o volume dos que veem Lula como o mais indicado para reduzir esse problema.
Nos índices de intenção de voto, Lula tem 47%, ante 32% de Bolsonaro e 7% de Ciro.
A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos. Foram ouvidos 5.744 entrevistados em 281 municípios de todo o país.
Também há o contrário nos resultados do levantamento: eleitores do petista que veem Bolsonaro com mais qualificação para reduzir a pobreza. Mas eles são bastante residuais: apenas 1% do segmento que vota no ex-presidente.
Lula tem feito campanha frisando os resultados no combate à miséria durante seu governo (2003-2010), quando foi instituído o Bolsa Família, hoje rebatizado de Auxílio Brasil, e houve melhoria em indicadores sociais. A questão econômica deve ser o principal assunto da eleição presidencial deste ano.
Entre os sete desafios do país pesquisados, Bolsonaro se aproxima mais do petista quando os eleitores são questionados sobre a educação.
Para 43%, Lula tem mais preparo para cuidar da área, ante 29% que consideram o atual mandatário o mais indicado para a tarefa. Ciro Gomes foi mencionado por 8%, e Simone Tebet (MDB), por outros 2%.
*Com Folhapress