“Atravessamos um difícil período da história, convivemos com constantes ameaças por parte do atual governo, várias concretizadas”, diz documento.
Em manifesto criado por ex-alunos da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), mais de 300 profissionais de saúde declaram apoio à chapa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-governador Alckmin Geraldo Alckmin, candidatos a presidente e vice-presidente da República. “Atravessamos um difícil período da história. Convivemos com constantes ameaças por parte do atual governo, várias concretizadas”, diz o o Manifesto pela Democracia em nosso País.
Segundo o texto, “afrontas” à democracia “nos afastam da construção de um país mais igualitário onde todos possam ter vida melhor e digna”. No documento, os médicos e profissionais da saúde afirmam que, entre as candidaturas em disputa pelo Palácio do Planalto, “não temos dúvida de que a chapa Lula-Alckmin é a que apresenta viabilidade eleitoral para reconstruir os pilares de nossa democracia e de uma sociedade que se caracterize pela atenção e diminuição das iniquidades sociais e econômicas, da intolerância e da violência”.
Os signatários apontam a redução de recursos na área da saúde pelo governo de Jair Bolsonaro e a desestruturação do Ministério da Saúde. Além disso, citam a “condução desastrosa do presidente” durante a pandemia, contrária à ciência e à opinião de especialistas. Que soma à asfixia financeira “resultou em dezenas de milhares de mortes e sequelas evitáveis”. O Brasil tem registradas mais de 680 mil mortes pela covid-19.
Os médico e profissionais de saúde, ao declarar apoio a Lula, não se restringem a denunciar mazelas do atual governo em sua área de atuação. “O desprezo pela cultura, pela pesquisa e a educação são marcas deste governo, como também a fome, a precarização do trabalho e a degradação ambiental.”
Médicos bolsonaristas
Ao assumir o Ministério da Saúde, Marcelo Queiroga foi alvo de um ato de repúdio de alunos da FMUSP, médicos residentes e pós-graduandos. Os profissionais protestavam contra a gestão da pandemia pelo governo Bolsonaro.
O manifesto progressista é uma resposta a setores bolsonaristas da medicina no país. No final do mês passado, Bolsonaro participou de evento na sede do Conselho Federal de Medicina (CFM), em Brasília. Como de costume, zombou da CPI da Covid, elogiou ações de seu governo na pandemia e voltou a defender o tratamento com medicamentos sem comprovação científica, como a cloroquina.
Na ocasião, ao falar sobre a CPI da Covid aos médicos, Bolsonaro criticou os senadores Omar Aziz (PSD-AM), presidente da comissão, e Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice. Ele provocou risadas e aplausos de parte dos médicos presentes. Alguns desses profissionais da plateia o chamaram de “mito”.
Em outubro de 2021, o relator da CPI , senador Renan Calheiros (MDB-AL), acusou o Conselho Federal de Medicina de adotar conduta “deletéria” e “danosa ao povo brasileiro” na pandemia, por ter transferido aos médicos a responsabilidade pela prescrição de cloroquina e outros remédios.
*Com Rede Brasil Atual
Helio
agosto 12, 2022 at 7:30 pmQuero ver a cara destes quando voltar o Médicos Para Todos e assumirem que não conseguiram atender a parcela do povo que os cubanos atendiam…