Coronel publicou nas redes informações falsas para ‘desacreditar o sistema eleitoral brasileiro’, disse Fachin, presidente do tribunal.
De acordo com a Folha, o Exército brasileiro criticou o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nesta quarta-feira (10) e anunciou que não indicará substituto para a vaga do coronel Ricardo Sant’Ana, que foi excluído do grupo de militares que participa da fiscalização das eleições por divulgar fake news sobre as urnas eletrônicas.
No mesmo dia, porém, o Ministério da Defesa pediu que o tribunal aprove a participação de mais nove militares na inspeção dos códigos-fonte do sistema eleitoral.
Em ofício enviado ao presidente da corte eleitoral, Edson Fachin, o ministro Paulo Sérgio Nogueira disse que estes militares vão reforçar temporariamente a equipe das Forças Armadas e atuar apenas nesta etapa da fiscalização do pleito.
A Defesa também pediu a ampliação do prazo para encerrar a análise dos códigos, de 12 para 19 de agosto.
Urnas que serão usadas a partir das eleições de 2022 – Abdias Pinheiro/TSE/Divulgação
No último dia 8, o ministro Edson Fachin afirmou que Sant’Ana divulgou nas redes sociais “informações falsas a fim de desacreditar o sistema eleitoral brasileiro” e decidiu excluir o coronel do grupo de militares que atua na fiscalização do pleito.
Segundo o Exército, a corte eleitoral se baseou em “apuração da imprensa” em sua decisão.
“Baseado em “apuração da imprensa” e de forma unilateral, sem qualquer pedido de esclarecimento ou consulta ao Ministério da Defesa ou ao Exército Brasileiro, o TSE ‘descredenciou’ o militar”, diz nota do Exército.
“Dessa forma, o Exército não indicará substituto e continuará apoiando tecnicamente o MD nos trabalhos julgados pertinentes”, completa a instituição.
As mensagens de Sant’Ana contra as urnas foram divulgadas pelo portal Metrópoles.
Apesar de não indicar substituto para a equipe fixa das Forças Armadas na análise do pleito, a Defesa decidiu pedir reforço para a inspeção dos códigos-fonte das urnas.
O ministro Paulo Sérgio disse a Fachin que pediu aval para a entrada deste novo grupo “diante da necessidade de dispor de conhecimentos específicos em linguagem de programação C++ e Java”.
O grupo que deve atuar apenas na análise deste código é composto por três militares da Marinha, três da Aeronáutica e três do Exército.