Depois de três décadas, Lula (PT) vai voltar à Cidade Universitária, em São Paulo. Na próxima segunda-feira (15), o ex-presidente e o candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT), participarão da leitura do manifesto na Universidade de São Paulo (USP). O dia marca o retorno às aulas na instituição.
O documento foi elaborado pelo Coletivo USP Pela Democracia, que é formado por professores, estudantes e servidores da universidade. Não é o mesmo manifesto que será lido nesta quinta-feira (11), no Largo São Francisco, também, na USP.
Intitulado “A democracia no Brasil corre risco. Basta”, o texto conta com assinaturas de figuras como Marilena Chauí, Paulo Arantes, Ermínia Maricato, José de Souza Martins, Olgária Matos, Fernando Novais, João Adolfo Hansen, entre outros.
O evento contará também com uma aula pública ministrada por Chauí e Maricato, professoras da universidade, e acontecerá no vão do prédio de História e Geografia da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas).
Nesta segunda-feira (8), membros da campanha de Lula estiveram no local para analisar as condições de circulação e de segurança.
Em um jantar em 29 de junho, na casa de Haddad, o presidenciável interessou-se por relatos a respeito de mudanças na USP, que teria se tornado mais progressista desde o surgimento da lei de cotas. Ele então teria manifestado vontade de participar de uma atividade na universidade.
O vice de Lula, Geraldo Alckmin (PSB), também participou do encontro, que teve a presença do reitor da USP, Carlos Carlotti Júnior.
“É uma oportunidade ímpar para os alunos da USP ter acesso a personagens políticas relevantes. Fora a possibilidade de ouvir a Marilena Chauí falar, uma professora emérita da faculdade. Uma aula aberta, no começo de semestre, em que você pode escutar quatro pessoas interessantes, acho que já vale a pena. E sobre um tema fundamental, a democracia e a universidade pública. A defesa da universidade pública, de qualidade, para todos, inclusiva, é uma coisa que todo mundo fala, mas muitas vezes esquecem que é algo que devemos buscar sempre”, diz o professor Paulo Martins, diretor da FFLCH, que participa da mobilização por apoio ao manifesto.
*Com Folha