Quem se esquece que Sergio Moro, que vestiu manequim de herói de combate à corrupção, aliviou, via mulher de Eduardo Cunha, um dos maiores esquemas de corrupção da história desse país? Na época, Moro afirmou que a fortuna que estava no nome dela, que seguia gastando como nunca no exterior com cartão sem limite, não tinha nada a ver com Eduardo Cunha.
Primeiro, temos que lembrar que Cunha só foi preso, porque o Ministério Público da Suiça deu a ficha do picareta que tinha dez contas em quatro países.
Agora, chega a notícia de que Cunha, depois da Lava Jato, ficou praticamente 400% mais rico, ou seja, vai combater corrupção assim lá na casa do Cunha.
Mas cadê que a nossa gloriosa mídia escancara esse fato em garrafais ou no Jornal Nacional.
O bolsonarista entusiasmado anda falando pelos cotovelos o que quer e que bem entende a favor de Bolsonaro. Trata-se daquele mesmo sujeito que, em 2018, dizia ser a nova política, em nome da família, de Deus e sei lá mais o quê.
Cunha está entre os quatro sujeitos “ilibados” que formam o esquadrão da moral bolsonarista. Além de Cunha, tem ainda Valdemar da Costa Neto, Collor e Roberto Jefferson, isso não é pouca coisa, até porque temos sempre que lembrar que Bolsonaro chegou à presidência por uma farsa entre ele e Moro, na barganha mais imunda da história das eleições.
Por isso, a notícia de que Cunha saiu da prisão muito mais rico do que já era, não surpreende ninguém. Foi pra isso que Moro, Dallagnol e o restante da falange de Curitiba trabalharam arduamente.
Dallagnol é outro que se encontra enrolado com a justiça com suspeita de desvio de verba do fundo partidário, sem falar de outro processo sobre gastos irregulares com diárias.