Petista fez duras críticas ao atual presidente, sobretudo sua condução da pandemia, e adiantou propostas para 25 mil pessoas: “o salário mínimo vai voltar a aumentar todo ano acima da inflação”.
Com a presença do ex-presidente Lula, o PT realizou um ato na tarde desta terça-feira (2) em Campina Grande, na Paraíba, para 25 mil pessoas. O evento ocorreu no Parque do Povo, no centro da Cidade, que ficou lotado pela militância petista e por eleitores do ex-presidente. Foi declarado o apoio de Lula às candidaturas de Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e Ricardo Coutinho (PT), candidatos a governador e senador pelo Estado. Também estiveram presentes Gleisi Hoffmann, deputada federal e presidente nacional do PT, e o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid.
“A sua presença entre nós nos contagia, traz a esperança, a fé e a certeza que estamos a poucos meses de refazer tudo aquilo que foi destruído em nosso país”, afirmou Veneziano em seu discurso preliminar. O candidato disputa o cargo de governador da Paraíba com João Azevedo (PSB), do partido do vice de Lula, Geraldo Alckmin.
Tal divisão já era esperada no Estado, uma vez que Ricardo Coutinho, hoje no PT e candidato ao Senado, protagonizou um antigo racha no PSB paraibano. Foi ele quem costurou, junto de Lula e Gleisi, a presente aliança. Alckmin não compareceu pois estava em viagem a São Paulo, onde encontrou com Fernando Haddad (PT) e Márcio França (PSB), candidatos ao governo paulista.
Veneziano foi prefeito de Campina Grande entre 2005 e 2012. Neste ano, foi um dos primeiros emedebistas a declarar apoio à candidatura de Lula.
O discurso de Lula
O ex-presidente Lula, que lidera as pesquisas eleitorais, começou seu discurso batendo forte no atual governo. “Nós não estamos disputando uma eleição comum. Estamos disputando com o fascismo, com os milicianos, com pessoas que não têm sentimentos, que não choraram uma única lágrima por quase 700 mil mortos por conta do Covid, estamos disputando com alguém que negou vacinas”, afirmou.
Na sequência Lula criticou o desmonte dos direitos trabalhistas e das políticas públicas sociais promovido pelo governo Bolsonaro. “Prometeram carteira de trabalho verde e amarela e acabaram com os empregos. Acabaram com o Minha Casa Minha Vida para por no lugar o Casa Verde e Amarela, e cadê a ‘casa verde e amarela’ que ninguém viu?”, indagou. O ex-presidente ainda fez questão de lembrar sobre seu prestígio entre as lideranças mundiais, em comparação à posição de pária em que Bolsonaro se coloca quando comparece às cúpulas.
*Com Forum