Ney Bello, após perder vaga no STJ, atribui derrota a veto de Nunes Marques

Ney Bello, após perder vaga no STJ, atribui derrota a veto de Nunes Marques

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Três meses depois de STJ formar lista quádrupla, Bolsonaro escolheu nome de desembargador apoiado por ministro do STF; Indicações de Paulo Sérgio Domingues e Messod Azulay foram publicadas nesta segunda-feira.

De acordo com O Globo, preterido para uma das vagas abertas no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o desembargador Ney Bello atribuiu a derrota à pressão do ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em mensagem encaminhada a amigos por meio de um aplicativo de mensagens nesta segunda-feria, após a publicação das indicações Messod Azulay e Paulo Sérgio Domingues, o desembargador disse que viu “a vitória sucumbir a um único veto de maneira pessoal que foi acolhido pelo presidente” Jair Bolsonaro.

Embora a mensagem não cite nominalmente Nunes Marques, nos bastidores o desembargador atribui o veto ao ex-colega de tribunal — os dois atuaram juntos no Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Interlocutores da disputa na cúpula do Judiciário afirmam que o ministro do Supremo foi categórico e enfático em sua rejeição ao antigo colega de tribunal.

“A vida segue e os amigos construídos na estrada são o patrimônio que verdadeiramente importa. Com as amizades, eu sigo firme. Vida que segue. Infinitamente obrigado”, escreveu Ney Bello na mensagem, que tinha o objetivo de agradecer o apoio recebido por integrantes do Judiciário.

A indicação dos novos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) após quase três meses de espera foi selada neste domingo após uma série de reuniões no Palácio da Alvorada. Para definir os nomes de Messod Azulay e Paulo Sérgio Domingues, o presidente recebeu na residência oficial Nunes Marques e o presidente do STJ, Humberto Martins, que foi acompanhado do ex-presidente e ministro da Corte Francisco Falcão.

A bateria de encontros no Alvorada serviu para que Bolsonaro definisse, sobretudo, uma das duas vagas que estavam abertas. Uma delas já estava garantida para Messod Azulay, que teve como principal apoiador o senador Flávio Bolsonaro.

No STF, a escolha de Bolsonaro tem sido percebida como uma demonstração da força de Nunes Marques junto ao presidente, uma vez que conseguiu derrotar o nome defendido por Mendes, um dos ministros com maior articulação política da Corte. A percepção dos ministros, contudo, não é a de que o primeiro nomeado por Bolsonaro exerça a mesma entre os colegas, e que o embate com o decano do Supremo pode aumentar ainda mais o seu isolamento no tribunal.

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