Em defesa no Conselho de Ética, filho do presidente diz que expressão foi um “desabafo” por ser perseguido pela imprensa durante a epidemia, diz, Noblat, Metrópoles.
Há um ano e cinco meses, em plena pandemia da Covid-19, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) irritou-se com o que entendeu ser implicância da imprensa e dos entendidos em saúde nos cuidados com o vírus.
O filho do presidente, incomodado por uma campanha pelo uso da máscara – algo nunca respeitado por bolsonarista algum – foi às suas redes, em 11 de março de 2011 e fez a seguinte recomendação à população:
“Eu acho uma pena essa imprensa mequetrefe que a gente tem aqui no Brasil fique dando conta de cobrir apenas a máscara. Enfia no rabo, gente, porra! A gente está trabalhando, ralando” – postou Eduardo.
No mesmo dia, as direções do PT e do PDT entraram com uma representação na Câmara contra o deputado por quebra de decoro parlamentar. O partido entendeu que ele abusou da prerrogativa da imunidade ao fazer “xingamentos ofensivos às pessoas e o estímulo ao descumprimento das leis ultrapassagem o limite admissível e constituem abuso de prerrogativa”.
A ação só foi parar no conselho em abril último, um ano e um mês depois da representação. Obra do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
Somente no final de junho Eduardo apresentou sua defesa por intermédio de sua advogada, Karina Kuffa, a mesma de Jair Bolsonaro, que argumentou que seu cliente fez um desabafo contra a perseguição política que sofre da imprensa e também que a liberdade de expressão comporta também palavras de baixo calão”.
“Em determinado momento de frustração à perseguição política que sofria, e sofre, da grande mídia, o representado afirmou a frase ‘enfia no rabo, gente’. Como se percebe foi um momento de desabafo àqueles que confiam em sua atuação legislativa”.
E segue:
“Ora, a liberdade de expressão também abarca as manifestações contundentes, inclusive com a utilização de palavras de baixo calão, que, ainda mais no contexto em que foram ditas, jamais devem ser censuradas”.
jorge idem de silva
agosto 1, 2022 at 11:07 amNo dos outros é ‘balsamico & refrescante'(sic). Mas, no mandante ARDE e é DURO?! Por isso, ‘o desabafo’?.