Ação do Planalto ocorre depois que Bolsonaro chamou conversa de Fachin com observadores internacionais de “estupro à democracia”.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (13/7) saber a solução para o fim da Guerra da Ucrânia e disse que a apresentará ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky durante telefonema previsto para a próxima segunda-feira (18/7). O chefe do Executivo relatou que a solução para o conflito no Leste Europeu é semelhante ao da Argentina na Guerra das Malvinas, em 1982, que chegou ao fim após a rendição dos argentinos.
“Vou dar minha opinião a ele do que eu acho. Eu sei como seria a solução do caso. Mas não vou adiantar. A solução do caso… Como acabou a guerra da Argentina com o Reino Unido em 1982? É por aí. A gente lamenta. A verdade são coisas que doem, machucam, mas você tem que entender”, apontou em entrevista durante a passagem por Imperatriz (MA) nesta quinta-feira (14/7).
“Foi ele (Zelensky) que buscou conversa conosco. E eu disse, de imediato, que conversaria com ele, sim. Ele tem um país grande para administrar. Tudo que foi acordado com o presidente Putin está sendo cumprido. Da minha parte e da parte dele. Vou conversar bastante com ele. É um liderança e vou dar minha opinião para ele”, completou.
Na segunda-feira (11/7), Bolsonaro informou ter um telefonema agendado com Zelensky. Essa será a primeira vez que Zelensky e o chefe do Executivo conversam desde o início da invasão russa na Ucrânia. No dia 27 de fevereiro, Bolsonaro afirmou que a população da Ucrânia confiou em um comediante os destinos da nação, se referindo a Zelensky.
“Como o Zelensky, que é um comediante que foi eleito presidente da Ucrânia, eu acho que o povo confiou nele pra traçar o destino de uma nação”, afirmou. No dia seguinte, disse que “não tem o que conversar” com o presidente ucraniano. Na data, o encarregado da Ucrânia no Brasil, Anatoliy Tkach, dizer que o chefe do Executivo brasileiro está “mal informado” sobre a guerra e sugerir que Bolsonaro dialogasse com o presidente ucraniano.
*Com Correio Braziliense