A aprovação pelo Congresso nesta quarta-feira, da PEC da compra de votos, pelo menos para Bolsonaro, atropelando o regimento da casa, mostra que Bolsonaro faz o que quer fazer para perder a eleição e, consequentemente, não enfrentar a justiça, porque sabe que, sem o poder, não terá mais controle sobre as instituições.
Isso vai muito além do que esse picadeiro que faz com o STF, principalmente com Alexandre de Moraes, a quem ele voltou a chamar de “canalha”.
Nisso, não há qualquer novidade. Sua reação mediante a prorrogação de 90 dias por Moraes do inquérito das fake news, não difere em nada o faniquito que ele deu naquela fatídica reunião ministerial em que o arruaceiro deixou claro que não aceita que a justiça alcance seus comparsas, seus filhos e ele próprio, ainda disse que tira quem tiver que tirar, do carcereiro ao ministro para que reine a impunidade no seu entorno e que prevaleça sua influência como presidente da República.
A diferença é que Bolsonaro não tem como mudar o ministro do STF e colocar os que lhe são terrivelmente submissos.
Assim, o sujeito, com aquela psicopatia característica, partiu para a agressão verbal, jogando ainda mais lenha na fogueira do clima de ódio e de violência que ele está insuflando no pais, agora, novamente contra a instituição STF e o ministro Alexandre de Moraes.
O que se espera é que ele sofra uma punição devida à altura desse descalabro.
A conferir.