Criador da Marcha Para Jesus, pastor amigo de Bolsonaro foi preso com dólares na Bíblia

Criador da Marcha Para Jesus, pastor amigo de Bolsonaro foi preso com dólares na Bíblia

Compartilhe

Jair Bolsonaro falou mais uma vez em “guerra do bem contra o mal” na Marcha para Jesus de São Paulo.

“Temos uma posição aqui: somos contra o aborto, contra a ideologia de gênero, contra a liberação das drogas e somos defensores da família brasileira”, disse.

Estava junto do “apóstolo” Estevam Hernandes, idealizador da coisa. “Estamos aqui para declarar que Jesus Cristo é o Senhor de São Paulo e do Brasil”, discursou Estevam. 

Apresentou o amigo fascista como “homem escolhido por Deus” e abençoou a vida dele, de sua família e de seus ministros.

A mulher de Estevam, “bispa” Sônia, orou para que “todo principado de roubo, de miséria, e de corrupção saia do Brasil”.

Disso eles entendem. A Igreja Renascer, que pertence à dupla, é uma das maiores picaretagens evangélicas da história.

No dia 14 de janeiro de 2007, a caminho de Miami, Sônia, Estevam, dois filhos e três netos embarcaram na primeira classe de um vôo levando US$ 56 467 em dinheiro.

Ao pousar, tentaram passar pela alfândega americana sem declarar o valor. Acabaram presos, admitiram a culpa e cumpriram pena de reclusão em regime fechado e semi-aberto.

Parte da grana foi encontrada dentro de uma Bíblia.

Só foram liberados pela polícia federal americana, o FBI, depois de pagar fiança de US$ 100 mil.

O dinheiro confiscado dos líderes da Igreja Renascer nos EUA

Estavam na lista do FBI marcados pelo chamado “alerta azul”, sinal de que as pessoas são procuradas por responder a processos que interessam aos EUA e têm residência lá.

A Justiça já determinou o bloqueio da movimentação de oito contas bancárias das empresas Colégio Gamaliel e Publicações Gamaliel, abertas em nome do casal: entre 2000 e 2003, o valor chegou a R$ 46,4 milhões.

Também foram bloqueados bens como a casa em Boca Raton, litoral da Flórida, avaliada em U$ 465 mil, e um haras em Atibaia, interior de SP (R$ 1,8 milhão).

Em 2009, Deus mandou um recado e o telhado da sede da Renascer, no Cambuci, desabou.

Nove pessoas morreram e 117 ficaram feridas.

Sete anos depois, uma juíza de São Paulo determinou o confisco de 20% do dízimo arrecadado diariamente nos cultos para o pagamento de indenização a uma vítima.

*Com DCM

Compartilhe

%d blogueiros gostam disto: