Para que serve essas ameaças do boquirroto Bolsonaro contra as eleições?
Contribuir para o aumento da fixação dos seus eleitores que sua derrota já é favas contadas. Ou seja, em plena campanha eleitoral já em andamento, Bolsonaro não para de prever sua derrota, jogando água gelada na flácida campanha e, com isso, botar em depressão o próprio gado que lhe resta.
A todo momento Bolsonaro tenta criar uma associação de sua derrota antecipada às urnas eletrônicas, o que por si só, já desmonta a tese esdrúxula, até porque, em 2018, não se viu o sujeito reclamar de urna, menos ainda, comportar-se como perdedor como faz agora.
Certamente, ele tem informações diárias de que sua campanha está em um atoleiro sem chances de superação, afinal, ele tem mais que o dobro de rejeição do que de votos. Ou seja, Bolsonaro perde pra ele mesmo. Não precisa de oponentes e de urnas. Ele está liquidado no seio da sociedade, que o quer longe da cadeira presidencial.
Ele sabe de tudo isso, assim como também sabe que sua cabeça está a prêmio, é derrota e cadeia, necessariamente nessa ordem. Aí fica ele se debatendo como um peixe fora d’água, com um discurso que lhe é conveniente para não assumir que seu governo é o mais trágico da história desse país.
De ontem pra hoje, Bolsonaro, como sempre, não trabalhou, mas ameaças ao uso da violência contra a população e não aceitar o resultado das eleições, como é comum aos péssimos perdedores, ele fez diversas vezes, acreditando que vai assustar alguém.
O fato é que a provável derrota de Bolsonaro já é contabilizada como absolutamente irreversível. Ou seja, para ele o pleito já está definido três meses antes das eleições.