Flávio Bolsonaro se nega a responder se o pai vai aceitar o resultado das eleições

Flávio Bolsonaro se nega a responder se o pai vai aceitar o resultado das eleições

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Flávio Bolsonaro diz que é impossível conter reação de apoiadores a resultado de eleições.

‘Como a gente tem controle sobre isso?’, diz senador a respeito de eventual levante diante de derrota do pai

Coordenador da campanha à reeleição de Jair Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou que o presidente não terá como controlar uma eventual reação violenta de apoiadores que contestem o resultado das urnas. Flávio não quis confirmar se Bolsonaro reconheceria uma derrota, mas negou que planeje estimular um levante. “Algo incentivado pelo presidente Bolsonaro, a chance é zero”, disse ele em entrevista ao Estadão.

Filho primogênito de Bolsonaro, Flávio sugeriu que militares se pronunciem oficialmente se o Tribunal Superior Eleitoral ignorar as recomendações para a transparência das eleições feitas pela Defesa. “Se as Forças Armadas apontam vulnerabilidades, e o TSE não supre, é natural que essas pessoas tenham que se posicionar (dizendo): ‘A gente não pode garantir que as eleições vão ser seguras’.”

Em entrevista na edição desta quinta-feira ao jornal O Estado de S.Paulo, Flávio Bolsonaro (PL-RJ) se negou a responder se o pai aceitará o resultado da eleição, caso as urnas confirmem a projeção das pesquisas, que apontam possibilidade de vitória de Lula (PT) no primeiro turno.

“O presidente pede uma eleição segura e transparente, era o que o TSE deveria fazer por obrigação. Por que não atende às sugestões feitas pelo Exército se eles apontaram que existem vulnerabilidades e deram soluções? A bola está com o TSE”, respondeu ao ser indagado se “o presidente vai aceitar o resultado da eleição?”.

Coordenador da campanha, Flávio repete o discurso do pai e do ministro da Defesa, o ex-comandante do Exército Paulo Sergio Nogueira de Oliveira, de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) acate todas as sugestões feitas pelos militares – as primeiras deste a implantação das urnas eletrônicas, há 26 anos.

“Se as Forças Armadas apontam vulnerabilidades, e o TSE não supre, não resolve esses problemas, é natural que essas pessoas, talvez via comandante do Exército, via ministro da Defesa, tenham que em algum momento se posicionar: ‘Olha, sugerimos, houve alterações, apontamos vulnerabilidades, o TSE não quer fazer, por consequência a gente não pode garantir que as eleições vão ser seguras’. Para que chegar a este ponto? Essa resistência do TSE em fazer o processo mais seguro e transparente obviamente vai trazer uma instabilidade. E a gente não tem controle sobre isso”, disse, incitando os militares ao golpe.

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