‘Bolsonaro assediador’: internet reage a vitória de jornalista e escândalo envolvendo ex-presidente da Caixa

‘Bolsonaro assediador’: internet reage a vitória de jornalista e escândalo envolvendo ex-presidente da Caixa

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No topo do Twitter, internautas e políticos comentaram os casos de misoginia, machismo e assédio sexual que mostram a maneira como os bolsonaristas lidam com as mulheres.

BOLSONARO ASSEDIADOR“, “Caixa” e “Pedro Guimarães” ocuparam as três primeiras posições entre os termos mais comentados no Twitter ao longo da tarde desta quarta-feira (29). Foram mais de 150 mil postagens sobre dois episódios que destacam casos de violência contra as mulheres por parte do atual governo. Internautas e políticos criticaram o machismo e a misoginia (ódio às mulheres) que os casos transparecem. Não por acaso, Bolsonaro tem 61% de rejeição entre o eleitorado feminino, de acordo com a última pesquisa Datafolha.

Num dos casos, a Justiça de São Paulo elevou para R$ 35 mil a multa que Bolsonaro terá que pagar à repórter Patrícia Campos Mello, do jornal Folha de S.Paulo, por ofensa de cunho sexual. A grosseria criminosa foi cometido em 2020, quando o presidente reagiu a uma reportagem de Campos Mello que revelou esquema de disparo em massa de mensagens pelas redes sociais que o beneficiou nas eleições de 2018.

No outro caso, o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, que pediu demissão hoje, é acusado de assédio sexual por várias servidoras do banco público. Em reportagem do portal Metrópoles desta terça-feira (28), ao menos cinco vítimas relatam toques em partes íntimas sem consentimento, por parte de Guimarães, além de falas, abordagens e convites inconvenientes e desrespeitosos. As denúncias estão sendo investigadas pelo Ministério Público Federal (MPF), sob sigilo, desde o final do ano passado.

Os internautas destacaram, de acordo com informações de diversos veículos, que tanto a diretoria da Caixa como o próprio Bolsonaro sabiam das acusações de assédio sexual contra Guimarães, e trabalharam para evitar vazamentos. Em sua carta de demissão, o ex-presidente da Caixa declarou que sempre se empenhou no combate à “todas as formas de assédio”. E classificou as acusações contra ele como “uma situação cruel, injusta, desigual”.

*Com RBA

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