Na embalagem desse pacote de bondades já vem escrito que a data de validade do embuste se limitará ao período eleitoral.
Se Bolsonaro vencesse as eleições, voltaria como dantes na terra de Abrantes. É uma espécie de azeite composto em que 90% do produto é óleo de soja, com um cadico de cheiro de azeite.
Ou seja, quando se trata de trabalhador e povo pobre, Bolsonaro, quando muito, vende um rótulo em que o conteúdo é absolutamente adulterado.
Na verdade, esse ato “nobre” do chefe da milícia deveria ser proibido se durasse menos de dois anos. Com esse tipo de ingrediente, o ideal para Bolsonaro é que dure até o fim das eleições, sem qualquer compromisso de se tornar um programa integral que, de fato, faça parte das políticas públicas de seu governo.
Bolsonaro, por si só, é um boa noite Cinderela para quem acreditou que ele desempenharia um papel de proteção ao país e aos brasileiros. Mas o que se vê é literalmente o oposto.
Fora a oligarquia nativa, Bolsonaro desmontou a parte do Estado que beneficiava as camadas mais pobres da população com políticas públicas e produziu um achaque, como é tradicional em país de bananeiros que opera quando o presidente é da estirpe de Bolsonaro, a favor dos interesses internacionais, sobretudo dos EUA, fazendo com que a imensa maior parte da população carregue o fardo sem qualquer proteção do Estado.
Na realidade, essa nova embalagem que Bolsonaro utiliza eleitoralmente para tentar se proteger da fragorosa derrota eleitoral que se desenha, é descartável e duraria até outubro se obtivesse uma vitória no primeiro turno.
Como não existe a menor chance disso acontecer, ele fará uso desse produto eleitoreiro até o fim das eleições. Ou seja, Bolsonaro quer apenas dopar sua vítima, utilizando as substâncias mais cretinas para esse propósito.
A novidade nesse tipo de golpe de Bolsonaro é o manjado boa noite, Cinderela.