Entre os internados na rede SUS da capital, 85% não cumpriram o esquema vacinal recomendado.
Assim como o restante do país, o estado do Rio de Janeiro também foi afetado pela nova onda da Covid-19, que pressiona o atendimento e já resulta em filas para internação, embora o cenário ainda esteja longe da gravidade observada no início do ano, segundo a Folha.
Na semana de 28/5 a 5/6, a média diária de pessoas aguardando leitos Covid-19 foi de 17 para UTI e de 14 para enfermaria, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde. Do início de maio até o dia 27, este número ficou por volta de cinco pessoas.
Entre esta quinta (9) e sexta-feira (10), a mediana do tempo de espera por um leito era de 8 horas no caso da UTI e de três horas para enfermaria.
No início de maio, foram registradas de duas a três solicitações de leitos por dia. Na semana de 28/5 a 5/6, a média diária de solicitações subiu para 13 no caso da UTI e 12 para enfermaria.
Na mesma semana, a média diária de atendimentos por síndrome gripal nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) do estado foi de 489, um aumento de 14% em relação à semana anterior e de 36,5% em comparação com a primeira semana de maio.
A capital tinha 135 internados por Covid-19 na rede SUS na noite desta sexta-feira (10) —o maior número desde fevereiro. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 85% dessas pessoas estão com o esquema vacinal atrasado.
Nesta sexta, a ocupação somada dos leitos de UTI e enfermaria estava em 51% e havia oito pessoas aguardando na fila.
A taxa de positividade dos testes de Covid-19 também vem crescendo desde o final de abril. Naquele momento, cerca de 5% dos testes de antígeno no estado tinham resultado positivo. Na última semana, esta porcentagem foi de 28%.
Diante da pressão no atendimento, o governo reverteu 40 leitos para Covid-19 no Hospital Estadual Dr. Ricardo Cruz, sendo 30 de enfermaria e 10 de UTI. A medida foi tomada entre os dias 4 e 6 de junho.