Delegado que denunciou a força-tarefa da Lava Jato por diversas irregularidades, Mário Renato Fanton, será indenizado por perseguição.
O delegado que denunciou a força-tarefa da Operação Lava Jato por diversas irregularidades, Mário Renato Fanton, entre elas a tentativa de destruição de provas, fraudes, falsa perícia, grampo ilegal e falso testemunho, entre outras, sofreu perseguições internas e foi alvo de ações judiciais. Agora, a União terá que indenizá-lo em R$ 66 mil por danos morais.
Fanton foi um dos primeiros integrantes da força-tarefa da Lava Jato a denunciar o modus operandi ilegal dos investigadores. Inicialmente, detectou o uso de um grampo ilegal dentro da cela da Superintendência da PF de Curitiba, e ao longo de 71 dias na força-tarefa, entre fevereiro e maio de 2015, constatou diversas irregularidades cometidas pelos delegados.
Ainda naquele início de Lava Jato, o delegado Maurício Moscardi Grillo pediu a ele que omitisse o depoimento da doleira Nelma Kodamdentro de uma investigação interna e que a transcrição do depoimento fosse ainda editada.
A investigação era se delegados da Polícia Federal do Paraná teriam criado um dossiê com advogados contra a Lava Jato. Após expor o conteúdo das mensagens, Fanton foi alvo de uma ação judicial por suposto desvio de função por vazamento de dados.
Ainda em 2015, quando atuava na PF de Curitiba, Fanton constatou a tentativa de falsa perícia, fraude processual, prevaricação, falso testemunho, condescendência criminosa e denunciação caluniosa entre os delegados da FT de Curitiba.
As constatações do delegado geraram a ele pressões internas dentro da PF e, ao mesmo tempo, diversas ações contra ele na instituição, configurando-se perseguição.
*Com GGN