“O braço armado do Estado não tem direito de chegar atirando a esmo, dizendo que todo mundo é bandido”, disse o ex-presidente Lula.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta terça-feira (31), que o Estado brasileiro não pode autorizar a morte da população residente nas periferias em operações policiais e que é preciso lutar contra as milícias em todo o país.
“Nós estamos lutando contra os matadores da Marielle, milicianos; pessoas que não têm medo de fazer com o Genivaldo o que a Polícia Rodoviária Federal fez em Sergipe. Qualquer um de nós, ser humano, tem o direito de reagir emocionalmente e cometer uma barbárie, mas o Estado não tem. O braço armado do Estado não tem direito de chegar atirando a esmo, dizendo que todo mundo é bandido”, disse Lula.
A afirmação de Lula faz referência a morte de Genivaldo de Jesus Santos, morto em uma espécie de “câmara de gás” improvisada no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em Sergipe, e também a operação policial na Vila Cruzeiro, no Rio de Janeiro, que deixou mais de 25 mortos durante uma operação policial.
Também citado por Lula, o assassinato da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em uma rua do Rio de Janeiro, completou quatro anos sem que os mandantes do crime tenham sido identificados pela polícia. A autoria do duplo homicídio é atribuída a milicianos.
Lula participou, juntamente com outros nomes importantes do PT, como o ex-ministro e pré-candidato ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, e a ex-presidente Dilma Rousseff, participou nesta terça-feira (31) do lançamento do livro “Querido Lula”, no Teatro Tuca, em São Paulo.
*Com 247