Em investigação, foram descobertas trocas de mensagens que comprovam acordo entre a maior milícia do estado do Rio de Janeiro e policiais militares. Os membros da milícia pagavam almoços de agentes da PM nas segundas-feiras em uma churrascaria em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio,do 27° BPM (Santa Cruz). No dia 22 de maio, milicianos e agentes foram alvos da Operação Heron.
O esquema foi descoberto pelos investigadores da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), onde encontraram mensagens enviadas pelo miliciano Luiz Bastos de Oliveira Junior, o Pqdzinho, para o sargento da Polícia Militar Leonardo Corrêa de Oliveira.
“Fala comigo meu amigo, sargento Oliveira, do GAT, GAT mais ‘psico’ do 27. Aí, deixa eu te explicar. Se puder passar pra os amigos aí do batalhão, pô deu um probleminha, lá na churrascaria lá, os caras estavam reclamando que estavam com muito gasto”, disse Pqdzinho para o agente.
“Só que os caras tá (sic) ruim de jogo pra caraca, não quer liberar mais pra gente, a gente tentou botar dois dias da semana os caras não deixou (sic). Aí conseguimos por fim bater o martelo, um dia da semana só, que no caso vai ficar toda segunda feira, o rodiziozinho lá liberado entendeu, vai continuar o almoçozinho lá, esse rodiziozinho”, continuou.
“Ah, tranquilo meu amigo, tranquilo, não, pode deixar que eu vou informar, pode deixar que eu vou repassar aos amigos (…) tamo junto ai, falou, o que precisar ai, nosso dia ai faço um contato ai com certeza, pra saber se tá precisando de algum apoio, tamo junto meu amigo”, respondeu Oliveira.
A investigação encontrou também notas fiscais de refeições em uma churrascaria em Santa Cruz que a polícia acredita que seja a mesma onde as refeições dos PMs eram pagas.
Os investigadores conseguiram identificar Oliveira como o contato da milícia dentro do batalhão de Santa Cruz a partir de uma troca de mensagens entre Garça e PQDzinho.
*Com DCM