Nesta sexta-feira (27), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), repudiou a ação policial que resultou na morte de Genivaldo. O magistrado afirmou que “o genocídio” e a “barbárie” não podem ocupar “espaço em uma nação democrática”. Ele classificou o episódio como “vergonha mundial”.
“O assassinato do homem negro Genivaldo de Jesus Santos, em uma cena ultrajante de brutalidade policial, desonra as nossas instituições. As câmaras de gás, o genocídio e a barbárie não devem ter espaço em uma nação que se almeja democrática. Vergonha mundial”, escreveu o ministro no seu perfil no Twitter.
O assassinato do homem negro #GenivaldodeJesusSantos, em uma cena ultrajante de brutalidade policial, desonra as nossas instituições. As câmaras de gás, o genocídio e a barbárie não devem ter espaço em uma nação que se almeja democrática. Vergonha mundial.
https://twitter.com/gilmarmendes/status/1530295708464648193?s=20&t=pmkwDioV7IuiCxUhqVkJ0A
Genivaldo, de 38 anos, sofria de esquizofrenia. Ele foi amarrado e asfixiado em uma “câmara de gás” feita por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em uma viatura. O fato ocorreu durante uma abordagem em uma rodovia de Umbaúba (SE), na última quarta-feira (26).
O caso repercutiu em todo o país. O MPF (Ministério Público Federal) abriu um procedimento para acompanhar os desdobramentos das investigações. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o laudo do IML (Instituto Médico Legal) apontou que a vítima sofreu insuficiência respiratória aguda provocada por asfixia mecânica.
Assinado pelo procurador Flávio Pereira da Costa Matias, coordenador do Controle Externo da Atividade Policial no MPF no estado, o documento dá para as polícias Civil, Federal e Rodoviária Federal, 48 horas para que cumpram com as solicitações feitas pelo órgão nesta manhã.
O MPF ainda informou, por nota, que pediu informações à Delegacia Civil de Umbaúba, além de ter pedido à Polícia Federal que instaure ou informe o número do inquérito que tenha sido instaurado para análise dos fatos. Foi solicitado também à PRF conhecimento sobre o processo administrativo instaurado para possibilitar a apuração da abordagem policial.
*Por DCM