Até agora, 15 nações registraram pela primeira vez casos da doença que não são em pessoas que viajaram a lugares onde o vírus é endêmico.
1 de 1 Além de febre, dores na cabeça e no corpo, lesões na pele são um dos sintomas mais característicos da varíola dos macacos.
Com quatro casos detectados, a Bélgica se tornou o primeiro país a introduzir uma quarentena obrigatória para as pessoas infectadas com a varíola dos macacos (monkeypox, em inglês). Segundo o jornal belga La Libre, a decisão foi tomada na sexta-feira pelo Grupo de Avaliação de Riscos da Bélgica (RAG) e autoridades de saúde do país. A medida é uma forma de evitar a disseminação da doença, que já foi identificada em 11 nações europeias.
A região vive o maior surto da varíola dos macacos já registrado, de acordo com o serviço médico das Forças Armadas da Alemanha. Fora da Europa, há ainda casos na Austrália, Estados Unidos, Canadá e Israel. Pela decisão da Bélgica, pessoas que tiverem o diagnóstico confirmado para a infecção serão obrigadas a cumprir um período de 21 dias de quarentena, sem contato algum com outras pessoas.
A doença, rara em países fora da África Central e Ocidental, onde o vírus é endêmico, era normalmente identificada em pacientes que viajaram ao continente africano. No entanto, os novos casos têm sido relatados em pessoas que não visitaram essas regiões, e a transmissão comunitária na Europa – quando o contágio é entre pessoas no mesmo território sem histórico de viagem ou origem definida – já é uma realidade, afirma a conselheira médica chefe da Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido (UKHSA), Susan Hopkins.
Nós estamos encontrando casos que não têm contato identificado com um indivíduo da África Ocidental, que é o que vimos anteriormente neste país. A transmissão comunitária é em grande parte centrada em áreas urbanas — disse a especialista ao programa da BBC Morning Show, neste fim de semana.
*Com O Globo