Descartada como integrante de um eventual governo no ato de lançamento da pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva, neste sábado (7), Dilma Rousseff era considerada nome certo no ministério em 2018. Na ocasião, Lula acabou sendo impedido de concorrer por causa das condenações na Lava-Jato.
No livro “A verdade vencerá: O povo sabe por que me condenam”, Lula deixou claro que tinha intenção de nomear a sua sucessora. A obra tem como base uma entrevista dada pelo ex-presidente em fevereiro de 2018.
Em um trecho da entrevista, Lula levanta hipótese sobre o raciocínio de seus adversários que trabalharam pelo impeachment de Dilma:
“Eu sempre tento me colocar do lado dos adversários. Eles devem ficar pensando assim: ‘A gente inventou uma fraude para dar o golpe e a gente conseguiu dar o golpe, tiramos a Dilma. E fizemos tudo isso pro Lula voltar? Correndo o risco de ele levar a Dilma de volta pro governo?’. Porque eu de fato levaria, para ela fazer coisas que sabe fazer como ninguém. Eles correriam o risco de eu montar um ministério ainda mais forte que o da primeira vez.”
Neste sábado, Lula afirmou ao final de seu discurso que estava feliz com a presença de Dilma.
“As pessoas perguntam: você vai levar a Dilma para o ministério, vai levar o Zé Dirceu? Nem eu vou levar, mas jamais a Dilma caberia no ministério porque a Dilma tem a grandeza de ter sido a primeira mulher a ser presidente do Brasil”, discursou Lula.