Até outubro, tem muita coisa pra piorar na economia. Guedes é um portento inato em matéria de desastre econômico.
Quem visita os números da nossa economia, com uma necessária e acurada estimativa do que vem por aí, já sabe que, diante de uma assombrosa inflação que promete figurar entre os assuntos que mais aterrorizam os brasileiros, sobretudo o preço dos alimentos, entende que não há retórica mistificadora que faça alguém comprar a ideia da reeleição de Bolsonaro.
Guedes foi muito além do neoliberalismo clássico, criou um sistema jagunço de economia. Por isso, ninguém sabe para aonde vai o trabalho. O Brasil terá ainda mais desemprego, mais precarização, mais informalidade.
Pior do que está, vai ficar, porque ninguém minimamente lúcido imagina que seja possível com Bolsonaro comandando o país, os ventos mudarem de rumo. O PIB acumulou perto de 0% de crescimento, enquanto Colômbia, Peru, México e Argentina tiveram crescimento acentuado.
Hoje, todo brasileiro, que vai ao supermercado como, sabe que a reeleição de Bolsonaro significa o cancelamento do futuro da economia brasileira.
O histórico de desigualdade desse governo é escandaloso. Os impactos da existência humana nesse país são devastadores, não só pra quem foi devolvido ao mapa da fome, mas essa classe intermediária entre a média e a pobre, a cada semana vê uma nova escalada de preços dos alimentos explodirem a inflação, asfixiando do cada vez mais a economia e, consequentemente, o emprego.
O Brasil está praticamente em primeiro lugar na taxa de desemprego entre todos os membros do G20, somado a uma inflação que elevou a taxa do mês de abril a maior dos últimos 27 anos.
Para piorar, a indexação voltou com força total no Brasil, seguindo a inflação passada. Por isso, o saco de bondades de Bolsonaro tem efeito zero na mesa dos brasileiros, porque o poder de compra da população mais pobre está sendo centrifugado por essa aceleração neurótica da inflação.
Hoje, para se ter uma ideia da indecência que o país vive, tendo Bolsonaro como presidente, o gás de cozinha, que em muitos lugares está chegando a R$ 150, passou de 10% do salário mínimo.
Soma-se a isso a queda de 7% em 2021 na renda básica do trabalhador. Por esse motivo e por outros muito piores do ponto de vista econômico, é que daqui até outubro, Bolsonaro terá cada vez mais a sua campanha esvaziada, no mesmo ritmo da evolução da inflação, não tendo, portanto, milagre econômico que o salve do cadafalso.