O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, nome mais esperado no ato de comemoração do Dia do Trabalhador em São Paulo, usou seu discurso para lembrar aos trabalhadores como era a vida em seu governo e afirmou que, em outubro, o país voltará a ter liberdade. O evento teve como tema “Emprego, Direitos, Democracia e Vida”.
Ele chegou à praça Charles Miller às 15h20, ao final do show de Leci Brandão e do rapper Dexter. O evento continua com o público esperando shows do DJ Kl Jay e de Daniela Mercury.
Lula enfatizou ainda não ser candidato, mas disse que o Brasil vai eleger “alguém melhor” que o atual presidente e que o Brasil será reconstruído. Aos dirigentes sindicais, no ato de 1° de Maio, propôs uma “mesa de negociação” para discutir direitos e políticas públicas.
“A liberdade finalmente abriu as asas sobre o povo brasileiro. E vamos voltar a ser um país civilizado”, disse Lula quase no final de seu pronunciamento, às 16h15. “Vamos pegar um país destruído”, alertou. “Quem sabe o que precisa não é nenhum capitão, é o povo trabalhador deste país.”
O petista atacou novamente Bolsonaro, após um discurso duro na Convenção do PSOL, neste sábado, que oficializou o apoio do partido à sua candidatura presidencial:
“Não aceitamos esse ódio que está sendo imposto por esse genocida que governa o país. Eu disse ontem e vou dizer agora: ao invés de abrir salões e salões de treino de tiros, vamos abrir salões para fazer biblioteca”.
Carestia e carrinho de compras
“Todos vocês, mesmo aqueles que são jovens, devem ter um parente que já viveu os melhores momentos no meu governo. O salário mínimo tinha aumento real e a inflação ficava em 4,5%, média que estabelecemos. Em abril, a inflação foi a maior em 27 anos”, discursou o ex-presidente, que lidera as pesquisas de intenção de voto para a eleição de outubro.
“Eles diziam que se aumentasse o salário mínimo, viria a inflação, mas a inflação no período ficou dentro da média estabelecida por nós, de 4,5%. Numa demonstração de que pode sim aumentar o poder aquisitivo do povo brasileiro. Quando a inflação cresce, o salário diminui, o carrinho tem menos compra, na mesa tem menos coisa para vocês comerem”. Destacou a criação de empregos com carteira assinada durante sua gestão.
“Temos que fazer uma luta incomensurável para reduzir a inflação e transformar inflação em aumento de salário para que o povo possa comer e viver melhor nesse País”, disse, afirmando que pegará “um país destruído” caso seja eleito.
*Com DCM