O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (27) que por “várias vezes” foi informado de que o seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro, foi ameaçado de prisão por fake news. O presidente falou durante cerimônia no Salão Nobre do Palácio do Planalto com deputados das frentes parlamentares evangélica e da segurança. A reunião foi uma espécie de ato em apoio ao deputado Daniel Silveira, condenado à prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“O cerceamento da liberdade de expressão, o cerceamento das mídias sociais não atinge somente a mim. Porque quem foi meu marketeiro? O Carlos Bolsonaro, que por várias vezes chegou pra mim informes de ameaça de prisão por fake news. É prender um filho do presidente por fake news. É grave? É. Como é grave prender qualquer um brasileiro. Mais grave ainda é prender um parlamentar”, afirmou Bolsonaro.
O presidente também mencionou a reunião realizada pela manhã com representantes do WhatsApp no Palácio do Planalto. Na ocasião, os representantes da ferramenta reafirmaram que o lançamento no Brasil de um novo recurso do aplicativo, batizado de Comunidades, só ocorrerá depois das eleições. A empresa disse, no entanto, que a definição dessa data não faz parte do acordo firmado com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Bolsonaro afirmou que questionou os representantes do aplicativo se havia ou não um acordo com o TSE e que, caso tivesse, seria inconstitucional. O presidente, então, teria dito que entraria “em campo” usando o “Exército” de 23 ministros.
“Hoje me reuni com o pessoal do WhatsApp. Conversei com eles: tem acordo ou não tem acordo com o TSE. Se tem acordo, que acordo é esse que tá passando por cima da Constituição. Vou entrar em campo usando o meu Exército, meus 23 ministros”, disse.